Matheus Brum: “Flamengo larga muito na frente na temporada”

Olá, companheiros e companheiras de Coluna do Fla. Nesta segunda-feira, terminou mais uma novela que se arrastava dentro da Gávea. Finalmente, Gabigol foi contratado, de forma definitiva, pelo Flamengo. Um negócio milionário, na casa dos R$80 milhões, que faz do nosso camisa nove a contratação mais cara da história do futebol brasileiro.

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Ao mesmo tempo, na terça-feira, foi anunciada a saída de Pablo Marí para o Arsenal. Minutos depois da oficialização da transferência, o Mais Querido anunciou a contratação de Léo Pereira, do Athletico. Desta forma, caso não aconteça nenhuma negociação relâmpago, o Jorge Jesus terá 10 dos 11 titulares das conquistas da Libertadores e Campeonato Brasileiro à disposição em 2020.

Isso significa uma exceção à regra brasileira de montagem e desmontagem de elencos. Se pensarmos nos times que foram campeões nesta década, quase sempre havia uma reformulação grande no ano seguinte das grandes conquistas.

Sem contar com a permanência de JJ, que terá a oportunidade de melhorar ainda mais o futebol praticado pela equipe, principalmente com os reforços, certeiros, contratados pela direção. Apesar de achar que estamos vacilando, mais uma vez, em não contratar laterais reservas. Desculpem os componentes da torcida “Reneymar”, mas está, para quem quer ver, que o camisa 6 não tem condições de ser reserva de Filipe Luís. Além disso, pela direita, parece que a comissão técnica vai apostar em garotos: Matheusinho ou João Lucas. O segundo não foi bem no ano passado. Acho que era necessário alguém mais rodado para poder aguentar a responsabilidade.

Mesmo com este pequeno erro de planejamento, ainda estamos muito à frente dos nossos principais adversários. Vamos a eles:

• Palmeiras: manteve o time titular, mas trocou de treinador. Até Luxemburgo conseguir colocar um padrão no time, vai demorar;
• Grêmio: manteve o técnico Renato Gaúcho, mas modificou o titular, contratando, inclusive, jogadores que tiveram um 2019 ruim, como Thiago Neves e Diego Souza. É preciso ver como eles irão encaixar no time, ou se o tricolor gaúcho continuará sendo uma equipe “Cebolinhadependente”;
• Santos: trocou comissão técnica e alguns jogadores. Difícil saber qual será o potencial ao longo da temporada;

Até mesmo equipes que, eventualmente, podem trazer problemas para o Flamengo, como Corinthians e Athletico, estão com novos treinadores, com mudanças no estilo de jogo que era praticado nos últimos anos.

Ou seja, o Flamengo já tem um modelo de jogo dentro de campo, uma forma de atuar. Em alguns momentos, contra adversários específicos, passamos aperto. Entretanto, enquanto nossos rivais estarão buscando um modelo de jogo, Jorge Jesus estará aprimorando o nosso, para corrigir as falhas apontadas no ano passado. Seguimos a cartilha que é pedida pela imprensa e pelos estudiosos do futebol: continuidade!

Sem sobra de dúvidas, estamos em outro patamar!

Matheus Brum
Jornalista
Twitter: @MatheusTBrum

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