Entrevista exclusiva com Nutri Fofo, ex-nutricionista do Flamengo: “Se o Atleta desidrata 2% do seu peso, ele perde 30% de rendimento”

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FOTO: ARQUIVO PESSOAL

POR: RÔMULO DIEGO MOREIRA

Thiago Monteiro é um fenômeno nas redes sociais. Conhecido como Nutri Fofo, seu perfil no Instagram conta com mais de 540 mil seguidores. O nutricionista é reflexo de polemica e divergência ao senso comum com  a popularização dos blogs relacionados ao mercado fit. Ele faz uso de uma linguagem leve e irônica para combater as fábulas sem base científica.

Recém-demitido do Flamengo, ele concedeu uma entrevista ao Coluna do Fla para falar dos bastidores do clube, nutrição e a preparação na pré-temporada na perspectiva da nutrição.


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Coluna do Fla: Thiago, nos últimos dias, você foi demitido do Flamengo. Por que o seu ciclo se encerrou no Rubro-Negro?

Thiago Monteiro: Os ciclos acabam em todos os lugares para todas as pessoas. Não tem jeito. O clube me abriu portas e deu oportunidade de conhecer gente do bem, fazer amigos e crescer profissionalmente. Aconteceu alguma coisa, que eu ainda não sei, exatamente. Quando me comunicaram sobre minha saída, não me informaram o real motivo. Paciência. Mas foi bom enquanto durou e espero voltar um dia.

Coluna do Fla: De qualquer maneira, os jogadores seguem se consultando no seu consultório, conforme visto com o story no Instagram do Arrascaeta nesta última terça-feira (11). Você vai continuar atendendo aos atletas do Mais Querido?

Thiago Monteiro: Eu sempre tive uma relação ótima com todos eles, um sentimento de carinho, respeito e admiração de ambas as partes. A porta do meu consultório estará sempre aberta pra eles. Será um prazer continuar cuidado dos meus filhos (jogadores), caso eles queiram.

Coluna do Fla: Um caso bastante singular que despertou a relevância da nutrição esportiva aconteceu quando o tenista Novak Djokovic que convivia frequentemente com problemas estomacais, como durante as quartas de final do Aberto da Austrália de 2010, mudou sua alimentação. O jogador credita seu ano mágico de 2011 à dieta na qual aboliu o glúten, rendendo até um livro chamado “Sirva para vencer – a dieta sem glúten para a excelência física e mental”. A nutrição cada vez mais vem ganhando espaço no esporte?

Thiago Monteiro: O caso do Novak Djokovic com certeza despertou mais interesse aos atletas sobre a nutrição. Ele era celíaco, porém, não sabia que essa falta de rendimento dele, dores de cabeça, lesões, estavam ligados a essa doença. Celíaco é uma pessoa que tem intolerância, alergia ao glúten. Hoje em dia, o futebol está muito equiparado, e o detalhes faz diferença. A nutrição vem crescendo e vai crescer cada dia mais.

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Coluna do Fla: O futebol envolve exercícios intermitentes e a intensidade do esforço físico depende do posicionamento do atleta, qualidade do adversário e importância do jogo. Como estimar o gasto energético de um atleta de futebol de alta performance?

Thiago Monteiro: Com as tecnologias que tem no mercado hoje, isso é mole, pois conseguimos saber tudo referente a calorias, batimentos, tudo que você possa imaginar. Em um treinamento, por exemplo, conseguimos saber quantas bolas um atleta subiu para cabecear. E por aí vai.

Coluna do Fla: Qual a importância do carboidrato para a construção da dieta de um jogador?

Thiago Monteiro: O carboidrato é essencial. Eu falo sempre, não existe perfomance sem carboidrato, que é nossa principal fonte de energia. Pra você ter ideia, começamos a estocar carboidratos para uma partida na véspera. A partir desse momento, o nutricionista deve acompanhar de perto esse processo.

Coluna do Fla: A proteína também é importante. Normalmente, um atleta consome mais proteína ou carboidrato? Por quê?

Thiago Monteiro: Importantíssima. Primeiro que age na reestruturação das fibras musculares (recuperação pós-jogo). A proteína sinaliza aumento da massa muscular, o que é de suma importância para jogadores de futebol, pois evita lesões, ganha em explosão, força. O atleta consome mais carboidrato devido ao seu gasto diário de energia, e a energia deve ser proveniente dos carboidratos.

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Coluna do Fla: Normalmente, o futebol é caracterizado por não ter intervalo regulares. Entretanto, há o tempo técnico no Campeonato Carioca para hidratação. Qual a diferença do ponto de vista da hidratação no decorrer da partida entre ter o tempo técnico ou não? Você defende o tempo técnico para a hidratação em todas as competições?

Thiago Monteiro: Sim, em horários e lugares onde o calor é predominante, é importantíssima a parada técnica. Dentre os motivos, para preservar a saúde dos atletas e para termos um bom espetáculo, tendo em vista que, se um atleta desidrata (suor) o equivalente a 2% do seu peso corporal, o mesmo, pode sofrer uma queda de 30% de rendimento.

Coluna do Fla: A pré-temporada tem exercícios de alta intensidade para preparar estruturalmente o atleta para todo o ano. Em relação ao consumo calórico, ele é distinto em momentos diferentes da temporada?

Thiago Monteiro: Sim, em pré-temporada o gasto calórico é bem maior, assim, o nutricionista tem que ofertar nutrientes com maior densidade calórica para que o atleta responda de forma significativa aos treinamentos.

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