FOTO: TOMAZ SILVA / AGÊNCIA BRASIL
A pandemia Mundial do novo coronavírus paralisou, por tempo indeterminado, todas as atividades no Ninho do Urubu e competições nacionais e internacionais. Sem jogos e perspectiva de retorno dos campeonatos, o Flamengo já está sentindo os impactos nos cofres. Nesta segunda-feira (27), o vice-presidente geral e jurídico, Rodrigo Dunshee, explicou as influências na economia do clube e alfinetou o patrocinador que encerrou o contrato.
– O impacto nos contratos e nas relações comerciais é inevitável e está acontecendo. As pessoas não sabem quanto tempo vai durar a pandemia. Quase 90% das pessoas estão sofrendo restrições… Isso desenvolve um efeito dominó. O que a legislação diz: em casos de força maior, você pode afastar os juros de mora. O que é isso? Vencimento antecipado, multa, juros e mora. Esses são os efeitos. Em uma situação dessa, você afasta os efeitos de mora, mas isso não afasta a obrigação de pagar. Mas tem gente usando a força maior para tentar não cumprir as suas obrigações, como foi o caso de uma patrocinador do Flamengo, que cancelou o contrato nosso, com o Fluminense, Vasco… -, comentou Dunshee, em entrevista para a FlaTV.
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O patrocinador em questão é a Azeite Royal, que rescindiu o contrato com o Mais Querido e com os outros três clubes grandes do Rio de Janeiro. Além da perda de um contrato, o Flamengo também está sem receber uma parcela de cerca de R$ 8 milhões da Adidas, fornecedora de material esportivo. A falta de jogos também afeta o clube em arrecadação de bilheteria e no programa sócio-torcedor, que perdeu um número significativo de assinaturas.
Por conta da crise da COVID-19, o Flamengo já está em contato com o Athletico Paranaense e com o Náutico, para renegociar as dívidas pelas contratações de Léo Pereira e Thiago, e já pode tentar, também, renegociar com o Goiás, valores referentes à compra de Michael. Além destes compromissos, o clube também estuda reduzir em 25% os salários de quem receba mais de R$ 4 mil/mês.