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Na última segunda-feira (04), o conselho diretor do Flamengo se reuniu e decretou luto oficial de sete dias em homenagem a Jorginho, ex-massagista do clube, que faleceu durante luta contra o coronavírus. A solicitação foi feita pelo vice-presidente Geral e Jurídico, Rodrigo Dunshee, na data de falecimento de Jorginho.
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Além do luto oficial, o presidente Rodolfo Landim, em contato com o vice de Responsabilidade Social e Cidadania, Walter D’Agostino, solicitou uma homenagem em texto, aos familiares e à memória de “Tio Jorge”, como era carinhosamente conhecido. Confira o texto na íntegra:
Jorginho
Ídolo não se cria de um momento para o outro, não se faz em um dia, os ídolos precisam de tempo de vida, de vivência, tempo de dedicação e de ser capaz de despertar nos outros, aqueles que com ele convivem, apreço e admiração.
A proposta da homenagem que o presidente deste conselho, Rodolfo Landim, e o vice-geral, Rodrigo Abanches, propõe que se faça a uma pessoa que por 40 anos prestou serviços ao Clube de Regatas do Flamengo, é uma comprovação desta afirmativa.
Jorge Luiz Domingos (o Jorginho) tornou-se amirado por todos aqueles que com ele conviveram, e até por aqueles que não o conheceram e que o destino o levou de nós de maneira tão triste por fato que vem enlutano tantas famílias no mundo.
Jorginho foi exemplo de dedicação e sacrifício, não só pelo salário que recebia como contribuição, mas pela forma como o desempenhava, pela forma como se relacionava com os seus assistidos.
Neste tempo de dedicação ao Flamengo como Massagista, teve aos seus cuidades grandes personagens da história do Clube. Não atuou como personagem, mas o fez galhardamente como coadjunvante: e que coadjuvante.
Era o mais antigo funcionário do departamento de futebol do Clube, viveu momentos de glória e de tristeza e nunca deixou de ser respeitado e admirado.
Há quem diga que essa praga que nos assola teria vindo para melhorar nossos sentimentos, teria vindo para melhorar o mundo. Pode até ser verdade, mas não vai nos devolver pessoas exemplares como o Jorginho, é só perguntar a aqueles que com ele conviveram.
Foi assim como as estrelas de primeira grandeza Campeão do Mundial de 2002, indague-se ao nosso José Luiz Runco, médico da Seleção que durante muitos anos serviu como médico do Flamengo; pergunte-se aos jogadores que por ele foram tratados, que com ele conviveram; pergunte-se aos jogaores que com ele estiveram na Libertadores e no Mundial de 1981; pergunte-se aos jogaores que com ele estiveram nas vitórias e nas derrotas que tivemos através destes longos 40 anos de prestação de serviços ao Flamengo de forma digna, honrada e competente.
Pergunte-se à aqueles que por ele foram cuidados nos títulos de 1987, 2009 e do Glorioso ano de 2019.
Jorginho é parâmetro de competência, de dedicação, de humildade, de alegria que serve a todos nós que lamentamos a sua perda, como o fazemos por qualquer irmão rubro-negro, porque cada um que se vai é um a menos, em especial aqueles que, como o Jorginho representa uma perda irreparável para sua família e para o Flamengo que por certo somos uma extensão dela.
Fica a saudade, fica a admiração e o exemplo a ser seguido por todos nós, como diria Aldir Blanc em música que compôs em parceria com João Bosco “fica a dor pungente” que não há de ser inultimente a esperança: fica a saudade, fica a gratidão e o exemplo a ser seguido por todos nós.
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