Há um ano e quase quatro meses, o Flamengo sofreu com a maior tragédia da história do clube: o incêndio no Ninho do Urubu, que culminou na morte de dez jovens das categorias de base. Em entrevista ao programa Jogo Aberto, o presidente Rodolfo Landim relembrou sobre o acontecimento, que ocorreu no dia 8 de fevereiro de 2019, e deu detalhes sobre as conversas para um acordo com as famílias das vítimas.
— Essa foi a maior tragédia da história do Flamengo, coisa terrível. Quando a gente passa o luto e conversa com as famílias, buscamos fazer essa indenização. A gente não vai indenizar vida, vida não tem preço. O que discutimos na justiça é a indenização do sofrimento. Em cima disso, fomos procurar as decisões que já tinha acontecido na história do Brasil. Os valores oferecidos pelo Flamengo foram muito superiores a o que a gente já tinha visto de acordo ou de decisões judiciais no Brasil. Oferecemos esses valores, três famílias aceitaram. – disse Rodolfo Landim, e prosseguiu:
— A gente não indenizou só as famílias das vítimas, mas todos que presenciaram, os que perderam amigos e que foram queimados. A gente deu bolsas de estudos, ensino. No caso dos dez meninos, acordamos com três famílias e meia. Um familiar, o pai, era separado da mãe e o pai aceitou e a mãe não. De fato ainda temos mantido conversa com várias famílias e esperamos muito em breve fechar com outras. Houve uma expectativa muito elevada. Uma única ação que temos contra o Flamengo é da mãe, cujo o pai aceitou, ela pede para ela, um valor de 8 milhões só para ele. Se dobrar, seria 16 milhões de reais para uma família só. Para que haja o acordo, tem que ser das duas partes. A prova disso é que nenhuma família entrou na justiça. O Flamengo vem pagando todos os meses dez mil reais para todas as famílias. Os meninos tinham uma ajuda de custo 600 reais para cada um deles para o ensino. – completou.