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Na noite desta terça-feira (30), o ex-gerente de futebol do Flamengo, Paulo Pelaipe, concedeu entrevista ao canal do jornalista Mauro Cezar, no Youtube. Durante o bate-papo, o ex-dirigente do Rubro-Negro relembrou as dificuldades do processo de reestruturação que foi iniciado pela gestão de Eduardo Bandeira de Mello, visando recuperar o Mais Querido e, consequentemente, colher os frutos da organização.
– Começamos a fazer um trabalho de redução de custos do departamento de futebol, abrir mão de atletas importantes, como Love, Ibson… Uma série de atletas que estavam fora dos padrões de salários que tinham sido definidos de valor que a folha seria. Também tivemos que abrir mão do treinador (Dorival), pelo salario naquela oportunidade. Iniciamos a reconstrução, tivemos que fazer economia, trazer jogadores pouco conhecidos, se adaptando aos salários que o clube poderia pagar. Trouxemos jogadores das categorias de base, alguns emprestados do interior de São Paulo, e tivemos duas contratações, por empréstimo, com os clubes pagando uma parte. O Elias, que deu uma resposta muito boa, e o Carlos Eduardo, que veio da Rússia, que não deu a resposta esperada -, disse Pelaipe, antes de prosseguir:
– Começamos a trabalhar na estrutura, contratamos profissionais para montar análise de desempenho, setor de qualidade, pesquisas do departamento de futebol… Agregamos aos funcionários que o Flamengo já tinha, que era um quadro muio bom e competente. Então, foi difícil, foi árduo, porque trabalho assim com a exigência do Flamengo, com torcedor que incentiva muito, mas cobra muito. Foram muitas cobranças e, naquele momento, era importante fazer. Começamos a pagar em dia a partir de fevereiro de 2013. Pagando menos, mas pagando em dia. E, no final do ano, ganhamos a Copa do Brasil, que deu sustentação para que a diretoria pudesse continuar. O torcedor, muitas vezes não compreendia, mas a direção foi muito franca e disse que, nos três primeiros anos, viria um momento de muita dificuldade e, aos poucos, viria investimento em futebol -, relembrou.
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O processo iniciado pela gestão de Bandeira de Mello em 2013, foi continuado foi Rodolfo Landim, atual presidente do clube que, hoje em dia, já colhe os frutos da reestruturação. A organização das finanças elevou o patamar do Flamengo, que reconstruiu o Centro de Treinamento em padrão europeu, além do investimento em contratações, montando uma equipe forte e competitiva, atual campeã Brasileira e da Libertadores da América.