#MulheresDaGávea: Comandante do Flamengo/Marinha, Ricardo Abrantes sonha com Libertadores e exalta a Nação: “Mola propulsora de tudo”

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Por: Nathalia Coelho e Paula Mattos

Peça-chave no Flamengo/Marinha desde que a parceria foi criada, em 2015, o treinador Ricardo Abrantes é o personagem a ser apresentado na segunda matéria da série #MulheresDaGávea. Na primeira, que foi ao ar no último domingo (04), a união entre o Mais Querido e a Força Naval foi o grande destaque. Agora, o torcedor rubro-negro poderá conhecer um pouco da história e do planejamento do treinador junto ao Mengão.

Além de treinador das ‘Mulheres da Gávea’, Ricardo Abrantes é professor de educação física, com pós-graduação em metabolismo, nutrição e condicionamento físico. O comandante também é mestre e doutor, ex-árbitro de futebol, treinador de futsal e fisiologista. Entre os clubes cariocas, antes do Fla, Ricardo trabalhou no Botafogo e no Fluminense.


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A gloriosa história de Ricardo Abrantes no comando do Flamengo

Ricardo viveu cada etapa do processo de reestruturação do futebol feminino, e pode dizer, melhor do que ninguém,
sobre cada dificuldade que as Mulheres da Gávea precisavam, e ainda precisam enfrentar, para quebrar paradigmas, estereótipos, realizar os seus sonhos e fazer o que tanto amam: entrar em campo e defender o Manto Sagrado.

Um árduo caminho, de muito trabalho e esforço, foi percorrido pelo Rubro-Negro que, com investimentos na modalidade, conseguiu alcançar o seu espaço e protagonizar uma ascensão do futebol feminino no Estado do Rio. Pentacampeão Carioca, o Flamengo/Marinha trabalha para, com o retorno as competições, fazer história, também, à nível nacional.

E, por falar em títulos, Ricardo Abrantes coleciona cinco Campeonatos Cariocas, e um Brasileirão. Em entrevista exclusiva à reportagem do Coluna do Fla, o treinador exaltou as conquistas, revelou o seu troféu preferido e, também, sua maior ambição como comandante das Mulheres da Gávea.

Hoje tenho orgulho do Campeonato Brasileiro 2016 (primeiro na história do clube), do pentacampeonato Estadual (2015, 16, 17, 18 e 19). A parceria é um sucesso e, hoje, o clube está em segundo lugar no ranking da CBF, em pouquíssimo tempo. O título mais cobiçado, sem dúvidas, é a Libertadores. Ainda não tive a oportunidade, mas sei que um dia vamos chegar lá. E, se possível, claro, o bi do Brasileiro -, disse.

Para falar sobre Brasileirão e Copa Libertadores da América, não podemos esquecer o 12º jogador do Flamengo/Marinha: a Maior Torcida do Mundo que, desde o começo do projeto, abraçou a causa do futebol feminino e passou a acompanhar o Mais Querido, dando todo o apoio às nossas jogadoras.

E, assim como em 2019, quando a torcida vestiu todo o seu protagonismo para jogar junto com o time principal do Flamengo, buscar o topo da América e conquistar o bicampeonato, Ricardo Abrantes convoca a Nação para o apoio às Mulheres da Gávea.

Para o treinador do Flamengo/Marinha, a Maior Torcida do Mundo é o diferencial do Mais Querido para todos os outros times, que não contam com o apoio de mais de 42 milhões de corações apaixonados. Segundo Ricardo, os flamenguistas são ‘a mola propulsora de tudo’, capaz de mover montanhas para alcançar os seus objetivos.

O Flamengo não é um time de futebol somente. É uma religião. Todos os profissionais que trabalham no clube sabem que aqui o importante é ser campeão. Temos que estar sempre no topo e procurar ganhar cada vez mais. A Nação é o amor do clube. A vida. A mola propulsora de tudo. O décimo segundo jogador, terceiro, quarto… A diferença é enorme em relação a outros lugares. É raça, amor e paixão -, disse o técnico.

 

Rotina na pandemia e retorno das competições

Em março de 2020, o futebol brasileiro – em diversas categorias e modalidades – foi paralisado devido à pandemia mundial do novo coronavírus. Ricardo Abrantes contou, com exclusividade à reportagem do Coluna do Fla, como ele e sua comissão técnica seguiram acompanhando as jogadoras rubro-negras à distância, em meio ao surto da doença.

O acompanhamento foi feito por vídeo conferência e pelo WhatsApp, mas nossa principal preocupação foi com a saúde das atletas e de seus familiares. Todos os profissionais da nossa comissão técnica tentaram ajudar de alguma forma. Nosso maior foco era mais na parte mental do que na física de performance – explicou.

O treinador falou ainda sobre a relação que tem com as Mulheres da Gávea. Para Ricardo, é normal criar níveis diferentes de afinidade, entretanto, ele fez questão de ressaltar que o atual elenco é o mais unido e ‘amigo’ que ele já comandou nesses quase seis anos de Flamengo. Além disso, o técnico destacou que todos estavam preparados para auxiliar às meninas no que fosse necessário.

Eu costumo dizer que é como uma sala de aula. Sempre existe as pessoas que temos mais afinidades e criamos amizades. Nesse caso, principalmente, as jogadoras que estão há mais tempo conosco. Estamos construindo uma relação de amizade com todas. Em seis anos à frente da equipe, esse é o grupo mais unido e amigo que já tive. Estávamos 100% prontos para orientar, ajudar e resolver problemas de todos os tipos (pessoais, profissionais, psicológicos e sociais) – declarou.

Antes da paralisação das competições pela pandemia da Covid-19, o Flamengo/Marinha já estava disputando o Campeonato Brasileiro. Com quatro rodadas concluídas, as Mulheres da Gávea venceram duas partidas e perderam duas e, agora, aguardam o retorno gradual dos jogos, que, diferente do futebol masculino, ainda não tiveram o calendário divulgado pela CBF.

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