FOTO: PAULA REIS/FLAMENGO
Por: Nathalia Coelho
O Mais Querido anunciou uma mudança no comando técnico da equipe de futebol feminino do Flamengo/Marinha no dia 25 de julho. Ricardo Abrantes deixou o clube para assumir o cargo de ‘Coordenador Estratégico das Modalidades de Alto Rendimento’ da Força Naval. Com isso, Celso Silva, até então seu auxiliar, assumiu a equipe rubro-negra.
Em entrevista exclusiva ao Coluna do Fla, Celso falou sobre a chance de ocupar a vaga de técnico principal da equipe do Flamengo/Marinha e explicou como funcionou todo o processo de transição até que ele, finalmente, assumisse o comando da equipe. Além de admitir estar realizando um sonho, o técnico comentou sobre a importância de Ricardo nessa fase.
— Era um sonho que eu tinha. Não esperava que fosse ser nesse momento, mas houve essa oportunidade e eu estou muito feliz. Tinha essa vontade, sim, de em alguma oportunidade, ser treinador. Então, está sendo uma experiência fantástica, principalmente em um clube como o Flamengo: clube de visibilidade, clube grande – disse, antes de prosseguir:
— A transição foi feita de forma bem gradual e tranquila. Desde que surgiu a possibilidade do Ricardo (ex-treinador) assumir o cargo de coordenação que ele está ‘hoje’, a gente já começou a se organizar e a planejar como seria essa transição. Hoje, estou no grupo como o responsável, muito pelo papel que o Ricardo exerceu nessa transição. Ele foi a favor de eu dar continuidade ao trabalho. Então, ele fez uma força para que eu estivesse ali, tem muito o dedo dele em eu estar aqui, hoje, dando continuidade ao trabalho dele -, concluiu.
Para Celso, a ideia é dar continuidade ao bom trabalho que vinha sendo feito pela equipe. Apesar disso, o treinador admite que a metodologia usada por ele e Ricardo divergem em alguns pontos de execução, mas se parecem no que diz respeito aos objetivos finais: ganhar e conquistar títulos. O novo comandante ainda explicou o processo de retomada aos treinos e falou sobre as ambições do time com a reestreia no Brasileirão A-1.
— Com relação à metodologia, é difícil a gente falar em ‘metodologia igual’. Como eu costumo dizer: a gente tinha muitas ideias em comum do que a gente gostaria de alcançar. Só que difere muito do ‘como’ nós gostaríamos de chegar naquele objetivo em comum. Então, o caminho, cada treinador ‘operacionaliza’ de uma forma e com a gente não era diferente. Eu tenho uma forma de condução de trabalho e ele tem outra. Mas as ideias finais e os objetivos, isso sim, sempre bateu muito -, declarou, antes de continuar:
— Elas estavam sendo acompanhadas ao longo da quarentena pelo Saulo, preparador físico. E, óbvio, sempre pensando como prioridade a saúde e segurança delas, em um momento posterior, a gente estabelecendo as normas e conseguindo cumprir com as nossas normas de trabalho, os treinamentos individuais foram iniciados. Em um momento mais à frente, divisão de grupos, até a gente chegar, de fato, aos treinamentos coletivos. A gente criou um plano para elas de retorno, para que a gente fizesse uma transição do momento de quatro meses parado para ir novamente para o treino. Elas tiveram que reestruturar e readaptar o corpo -, finalizou.
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Para encerrar, Celso disse que, a partir de agora, ele e as ‘Mulheres da Gávea’ devem pegar toda a bagagem do que já foi feito até o momento para focar nos próximos adversários do Brasileiro, que volta no dia 26 de agosto. Logo de cara, o Flamengo/Marinha enfrenta o Internacional.
— Agora, é pegar toda essa bagagem que a gente fez de transição de trabalho e focar nos próximos adversários, que são dois adversários difíceis, porque o nosso planejamento já está montado. Teríamos três semanas completas de treinamentos e já cumprimos uma até o jogo contra o Internacional, já com as estratégias traçadas -, ponderou.