FOTO: DIVULGAÇÃO
Por Marcus Souza
O ano era 1995, o centenário do Clube de Regatas do Flamengo, e após meses de negociação com o Barcelona, auxiliadas pelo próprio Romário, o baixinho chegou à Gávea.
Um desembarque que, para época, poderia ser comparado a um dos recentes “AeroFla“, feitos pela torcida. Desfile com caminhão de bombeiros e multidões nas ruas acompanhavam a chegada do campeão da Copa de 94, o sentimento era de que o Flamengo em fim retomava seu protagonismo com um poderoso elenco que estava sendo montado.
Aproveite a boa fase do Flamengo para lucrar!
Ainda em janeiro daquele ano, Romário de tornou o primeiro jogador fora da Europa, e o único até hoje, a ser premiado como o melhor jogador do mundo, jogando fora do velho continente. Claro que o prêmio foi concebido pela temporada anterior com o título da Copa de 94 e a temporada excepcional pelo Barcelona, mas o fato é que o craque já havia até mesmo estreado pelo Mais Querido quando ocorreu a grande premiação, méritos dele, momento histórico de orgulho nosso.
O campeonato daquele ano prometia, levamos a Guanabara com três gols do baixinho sobre o Botafogo, mas ainda durante o carioca as primeiras turbulências surgiram, após um desentendimento entre Romário e Vanderlei Luxemburgo, então treinador, o rendimento da equipe caiu. A artilharia do campeonato escapou e ficou nos pés de Túlio Maravilha, do Botafogo, bem como o título estadual que foi parar nas mãos dos tricolores no lamentável, porém também histórico, gol de barriga de Renato Gaúcho.
Após a decepção do estadual, o clube buscou dar a volta por cima no brasileiro, contratando Edmundo, consagrado em clubes rivais, e montando agora o “melhor ataque do mundo”, com Romário, Sávio e Edmundo. O elenco ainda contava com Branco e Ronaldão, também tetracampeões em 94, além de outros jogadores consagrados como Djair e Luiz Carlos Vinick.
Romário estava servido de uma seleção para ajudá-lo a levar o Flamengo ao topo daquele ano, mas o extra campo já não vinha bem, de músicas de rap gravadas em estúdio a brigas com Edmundo pelos holofotes, o futebol ficou pelo caminho, um péssimo desempenho no brasileirão e um quase título de Supercopa Libertadores que escapou mesmo vencendo por 1 a 0 em casa com gol de Romário, a partida de ida havia sido 2 a 0 para os argentinos do Independiente.
Ali escapara a última chance de um título no centenário.
Ainda assim, Romário ficou em quarto no prêmio de melhor do mundo da FIFA, o que novamente foi um feito histórico tendo em vista que desta vez, toda sua temporada foi jogada no Brasil.
1996 começou diferente, um carioca de forma invicta e a artilharia de Romário denotavam um novo tom para a temporada, depois veio o título da Copa Ouro Sulamericana, mas Romário não ficou para a disputa do brasileiro e voltou para Europa, a essa altura, os patrocinadores que ajudaram a trazê-lo já não se interessavam tanto pelo investimento, então Bebeto chegou e o Romário saiu por empréstimo ao Valência.
Ainda naquele ano, Romário voltaria ao Mais Querido, disputou duas decisões, uma Rio-São Paulo, contra o Santos, e uma Copa do Brasil, contra o Grêmio, mas em ambas não obtivemos sucesso e amargamos a segunda colocação.
Em 1997, o craque se despediu pela segunda vez do Rubro-Negro e voltou ao Valência, para jogar apenas aquele ano, pois em dezembro, ele já acertava seu terceiro e último contrato com o Flamengo.
1998 foi um ano sem brilho por parte do elenco, sendo eliminado em todos os campeonatos. Mas com uma memorável partida contra o Corinthians pelo torneio Rio-São Paulo, Romário dribla Amaral e marca um gol digno do melhor do mundo de 1994, o Flamengo vencia por 3 a 0 e a torcida adversária aplaudia a genialidade de Romário.
O fim da linha chegou em 1999, após vencer o Carioca e chegar à final da Copa Mercosul, Romário festeja junto a outros jogadores do elenco em uma boate, mas somente ele é punido e tem seu contrato rescindido pelo então presidente do clube, Edmundo dos Santos Silva. O Flamengo se sagrou campeão contra o Palmeiras, mesmo sem a presença do baixinho.
Após 3 passagens pelo Flamengo, Romário encerrou sua carreira com o Manto Sagrado, tendo se tornado:
O melhor do mundo de 1994 e quarto melhor de 1995.
O quarto maior artilheiro do clube com 204 gols em 240 jogos.
Atingindo a marca de 600 gols em um 2 a 2 contra o São Paulo.
Artilheiro de 8 competições em 5 anos de clube.
Além de conquistar 8 títulos oficiais e outros 4 não oficiais.
E aí, deixou saudades?
8 Comentários
Romário foi um jogador fora de série, um cara que sempre resolvia, o melhor de todos dentro da área.
Foi muitas vezes artilheiro dos campeonatos no Flamengo com um time muito limitado.
Saudades do baixinho.
O Baixalo nesse time atual ia dar show.
Romário malandro! Ainda tá dando show,joga fácil.
Não é verdade que Romário teve uma seleção a seu dispor, nem em 95, nem nos anos subsequentes! O time do Flamengo de 95 era mediano, craques só o trio Romário, Sávio e Edmundo, sem contar os técnicos fraquissimos da época, incluindo o pofexo e o papai Joel! Colocar tudo nos ombros do Romário é injusto, ele jogou muito bem no Flamengo e fez muitos gols!
Não ganhou nada relevante.
Agora imagina o Romário jogando nesse time de hoje.
Seria três gols a cada jogo.
Sempre será um ídolo pra mim.
Pena que era somente ele o craque da época não podia fazer nada sozinho.
Pra mim nunca teve atacante melhor no Flamengo do que ele.
ROMÁRIO sempre será relíquia.
Quer encontrar uma mulher para uma noite? Bem – vindo ao — S︆︆e︆︆xc︆︆o︆︆n︆︆t︆︆.︆︆C︆︆o︆︆m
Flamengo ganhou a Mercosul contra o Palmeiras…. nada de Peñarol