No último domingo (20), o Flamengo venceu o Bahia por 4 a 3, de virada, no Maracanã. O jogo, que era para ter sido apenas com vitória, terminou em um triste episódio de racismo. O volante Gerson disse que sofreu injúrias raciais por parte do meia Ramirez durante a partida e comoveu diversas pessoas ao redor do mundo. Para Diego Maurício, ex-jogador do Fla, a relativização do preconceito deve ser criticada e comentou sobre a diferença que a tecnologia traz para esses casos nos dias atuais.
– O que mudou hoje, realmente, é que nós temos a câmera. Porque, como acontecia antes, acontece hoje. Mas, hoje, nós podemos filmar e temos a lei para denunciar as pessoas. Eu fiquei muito triste quando aconteceu a coisa com o Gerson. Porque tem aquele racismo velado. Nós jogadores de futebol temos uma questão financeira melhor, parte da fama e do sucesso. Então, as pessoas meio que não falam, mas a gente sabe quando a gente não tinha, sabe como é com as pessoas que não tem voz, não podem falar, sofrem diariamente.
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O atacante foi revelado no Mais Querido e jogou no profissional de 2010 até 2012. Hoje, atua no Odisha, da Índia. Em entrevista à ESPN, ele também falou sobre o ‘mimimi’ enfrentado pelo racismo atualmente. O jogador saiu em defesa de Gerson e disse que ficou triste com a situação.
– Se a gente sofre, imagina as pessoas que não têm condição de poder falar, de poder se portar. Fiquei muito triste com a situação e mais triste ainda com as pessoas duvidando. Falando que é ‘mimimi’. É mole as pessoas falarem que é ‘mimimi’, não passam na própria pele. Me senti muito mal, porque é o que a maioria fala. Longe de mim querer dizer que o Mano é racista, mas estou dizendo que é uma forma que as pessoas usam para, às vezes, achar que é ‘mimimi’ o que nós estamos falando. O Mano é uma pessoa correta, do bem, com certeza repensou no que ele falou.