FOTO: MARCELO CORTES/FLAMENGO
Por Tulio Rodrigues
O Flamengo tem tradição em diversas modalidades dos Esportes Olímpicos. Basquete, natação, ginástica olímpica e muitos outros são alguns dos exemplos que enchem o clube de orgulho. Porém, quando se trata das finanças, a coisa muda de figura. Não é segredo que falta independência financeira para as atividades, que mais uma vez, fecharam com déficit no balanço divulgado nesta quinta (01), mesmo com o aumento de receita.
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Em 2020, mesmo com todos os problemas relacionados à pandemia do coronavírus, o Mais Querido arrecadou R$ 23,429 milhões com as modalidades olímpicas. Em 2019, foram R$ 20.063 milhões. Uma diferença de R$ 3.366 milhões. Segundo o balanço, ano passado não houve despesas administrativas e de atividades sociais e esportivas.
Os custos também diminuíram. Se em 2019 houve despesas no valor de R$ 40,043 milhões, em 2020, foi de R$ 33,046 milhões. Uma diminuição de R$ 6,997 milhões. Mesmo com a redução, assim como no ano anterior, houve déficit, porém, menor. R$ 9,617 milhões. Menos R$ 11,253, que no ano retrasado, que fechou com menos R$ 20,870 milhões no resultado financeiro.
Vale lembrar que todo esse prejuízo é coberto pelas receitas do futebol, que sofreu com os efeitos da pandemia do coronavírus. As receitas da principal modalidade do Flamengo diminuíram R$ 117 milhões em 2020. Se incluir transferência de atletas, o valor aumenta para R$ 194 milhões se comparado com 2019. Em carta publicada no balanço, Rodolfo Landim falou sobre o impacto sofrido.
— Inevitavelmente parte relevante de nosso faturamento foi impactado, notadamente pelo adiamento de competições, pela ausência de público nos estádios e pela redução dos recursos disponíveis no mercado publicitário brasileiro. Apesar disso, atingimos um patamar de receitas bastante elevado para os padrões do mercado brasileiro —, disse o mandatário.