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Landim avalia postura do Flamengo em negociações com familiares das vítimas da tragédia do Ninho

FOTO: ANDRÉ DURÃO/GE

O começo de 2019 do Flamengo foi completamente diferente do fim. Isso porque, se ao terminar aquele ‘ano mágico’ foi possível celebrar troféus e conquistas, o início foi marcado pela maior tragédia da história do clube. À época, no dia 08 de fevereiro, o alojamento das categorias de base do Fla, no Ninho do Urubu pegou fogo e dez jovens atletas perderam suas vidas. Quase 27 meses após ao incêndio, o presidente do Mais Querido, Rodolfo Landim, avaliou a postura do clube nos processos de indenização juntos aos familiares das vítimas.


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Em participação no podcast do GE que vai ao ar neste sábado (01), o dirigente abordou o tema e deu detalhes de como vem funcionando as negociações com as famílias  – das vítimas fatais e também dos sobreviventes. Segundo Landim, nenhuma vida tem preço e nada que o Fla fizesse amenizaria a dor da perda, no entanto, foi preciso adotar cautela em cada passo dado por conta da utilização de recursos do clube. Além disso, o mandatário avaliou como ‘correta’ a postura adotada pelo Rubro-Negro.

— Tivemos sempre a preocupação, desde o primeiro momento, de assistir às famílias da melhor maneira possível. Quando você tem um acidente desse, qualquer coisa que você fale é pouco perto do que foi a perda da vida de dez garotos. Mas dentro do que tínhamos possibilidade, colocamos assistente social, psicólogos, tudo para assessorar as famílias. Procuramos resolver os problemas o mais rápido possível. É óbvio que, se pudéssemos, iríamos indenizar todo mundo o mais rapidamente possível. Mas peço atenção das pessoas ao seguinte: qual outro acidente em grande escala no Brasil, após dois anos, você já tinha resolvido o problema de indenização como o Flamengo resolveu? -, questionou, antes de prosseguir:

— É claro que como uma pessoa diretamente envolvida, presidente do clube, sabendo do que foi, no coração você fica fragilizado, mas da mesma forma tivemos que estabelecer limites porque era um processo de indenização que tínhamos que fazer com recursos do clube. Fomos consultar a área jurídica para ver qual era o valor de indenização normalmente pago, que é pelo sofrimento das pessoas, pelo dano… Vida não tem preço, você não indeniza vida. Num momento como esse, as pessoas tendem a usar, principalmente advogado e tal, e também informações com números estratosféricos, causa uma expectativa muito grande nas famílias. Mas temos que ter bom senso de não tomar a decisão de sair pagando valores que são fora da realidade -, disse, antes de concluir:

— Explicamos isso no Conselho Deliberativo, explicamos valores de referência e dissemos que íamos pagar mais. Mas tudo tem um limite. Acho que dentro do que foi possível ser feito, olho para trás e, sinceramente, acho que agimos correto com a famílias, não deixamos de assistir… Acho que faz parte do jogo que apareça um advogado falando que não, pressionando… Talvez no passado as pessoas que estavam sentadas aqui estivessem mais preocupadas com a imagem delas, mas temos que absorver o desgaste para tomar a decisão que precisa ser tomada e não a mais confortável -, finalizou.

Vale lembrar que o Flamengo fechou acordo com familiares de: Samuel, Athila Paixão, Bernardo Piseta, Gedson Santos, Jorge Eduardo, Vitor Isaias, Arthur Vinicius, Pablo Henrique e com o pai de Rykelmo (a mãe entrou na justiça e não aceitou a proposta do clube). Das vítimas fatais, apenas os representantes de Christian Esmério não chegaram a um entendimento com o Fla. Já entre os sobreviventes, o Rubro-Negro acertou as indenizações com todas as 16 famílias afetadas.

Nathalia Coelho

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  • Seria ótimo que os antis militantes, que aprenderam em 2020 a proferir "genocida" (palavra que não conheciam, e o real significado dela ainda não conhecem), repito, seria ótimo que viessem aqui e vissem que resta apenas 1 família a ser indenizada. Essa senhora que não aceitou o acordo feito pelo pai de um dos meninos ouviu o canto da sereia, acha que vai ficar milionária às custas da morte do filho, mas é questão de tempo cair na real, parar de dar ouvidos a advogados gananciosos, e vai acabar fechando o acordo. Aí acaba essa palhaçada de tentar curar recalques, traumas e desesperos às custas dessa triste tragédia, que tanto nos afetou.

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