FOTO: REPRODUÇÃO/NSTAGRAM
Adriano Imperador, um dos grandes ídolos da história do Flamengo, revelou detalhes de sua carreira, do início ao fim, e contou algumas situações pessoais para o ‘The Players Tribune’. Durante o papo, Didico expôs que quase foi dispensado pelo clube de coração aos 15 anos, quando ainda atuava como lateral-esquerdo, mas foi ”salvo” por um dos treinadores à época.
– Quando eu tinha 15 anos, o Flamengo ia me dispensar. Eu ia ser mandado embora. Mas quando Deus bota a mão, esquece… O problema era que eu jogava na lateral esquerda na época e estava crescendo muito rápido. Imagina? O Adriano na lateral esquerda? Então, no fim do ano, os treinadores reuniram todas as crianças e nos separaram em duas fileiras.
– Eles apontariam para cada um e diriam: “Fila da esquerda, você está dispensado” ou “você fica”. Eles apontaram para mim: “Adriano, vai lá”. Era fila da esquerda, adeus. Mas, pela graça de Deus, enquanto eu caminhava em direção à saída, um dos treinadores gritou: “Ei, não, não, não. Adriano, não. Deixa ele ai” -, contou.
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Ao portal, Adriano contou sua história nos mínimos detalhes e abriu o coração para justificar sua escolha de vida em um só sentimento: felicidade. Notou-se que o Flamengo sempre esteve presente em sua vivência e foi a primeira grande realização de um sonho de criança.
– Eu andava sempre com uma bola no pé. Foi colocada lá por Deus. Quando eu tinha sete anos, minha família juntou dinheiro para que eu pudesse jogar na escolinha do Flamengo. Caramba! Lá da favela para escolinha do Flamengo? Vamos! Vou calçar meu tênis! Onde é o ponto de ônibus?
– Foi meio louco pois morávamos na Penha. Era um longo caminho da Penha até a escolinha do Flamengo, na Gávea. Isso foi nos anos 1990, antes da Linha Amarela. Era como se fossem duas viagens de ônibus diferentes e precisava de alguém para ir comigo. É aqui que entra minha avó!
– Não tínhamos muito dinheiro, ela fazia pipoca pra gente comer. Ou, de vez em quando, ela cortava um pedaço de pão e botava açúcar no meio. Assim que o treino começava, ela ficava lá me assistindo por horas. Fizemos essa rotina por oito anos. Todo dia. Juntos -, relembrou.