FOTO: FERNANDO TORRES/CBF
Criticado por uns, celebrados por outros, o VAR (árbitro de vídeo) corre o risco de ser retirado do Campeonato Brasileiro. Isso porque, um homem, que alega ser um dos criadores da ferramenta tecnológica, deseja ser reconhecido e moveu um processo na Justiça. A informação foi divulgada primeiramente pelo portal “Torcedores.com”.
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O engenheiro boliviano Fernando Méndez Rivero é o autor da ação movida na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Ele garante que a tecnologia do árbitro de vídeo, implementada pela FIFA e por demais federações, como a CBF, é oriunda de um projeto originalmente feito por ele em 2004, intitulado de ‘Proyevcto Piloto de Arbitraje Eletronico’.
De acordo com o programa “Jogo Aberto”, da Band, uma decisão judicial sobre o caso pode sair a qualquer momento e, caso seja favorável ao engenheiro boliviano, há a chance do VAR ser suspenso no Campeonato Brasileiro e em outras competições.
O requerimento para que seja considerado um dos co-autores do VAR é antigo por parte de Fernando Méndez Rivero. O boliviano acusa a CBF de ‘plágio’, pois segundo ele, a entidade enviou o projeto, com traços de sua criação original, à FIFA. Por isso, briga na Justiça para que a Confederação o reconheça como um dos ‘mentores’ da arbitragem de vídeo.
– A gente está cobrando a CBF porque ela se utiliza do VAR, ela que levou à Fifa, que a homologou e a introduziu no futebol. Tudo se originou da CBF. Ele (Rivero) sente que foi lesado, que foi um roubo intelectual e que o plágio da CBF é evidente -, disse Marcelo Pretto, advogado responsável pelo caso.
O advogado ainda alega que a CBF, através de um telefonema do ex-presidente Ricardo Teixeira, teria reconhecido o projeto de Fernando Méndez Rivero e feito elogios a criação do engenheiro. A entidade teria garantido que entraria em contato para viabilizar a tecnologia, porém, isso não ocorreu. Pelo fato do VAR utilizado pela FIFA ser semelhante ao que o boliviano registrou, Rivero decidiu entrar na justiça.
– A gente pede que o juiz declare o Fernando como autor, apesar de já ter o registro no órgão competente. A gente também pede indenização de ordem moral e patrimonial -, completou Marcelo Pretto.