FOTO: ANDRÉ DURÃO/GE
Em 2011, após ampla articulação nos bastidores de Andrés Sanchez, presidente do Corinthians na ocasião, foi dado o fim do Clube dos 13. A entidade era responsável pelas negociações dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, que era feita de forma coletiva. A partir daí, clubes como o Flamengo passaram a negociar sem mediação da entidade, o que aumentou a disparidade dos valores pagos as agremiações. Em entrevista ao podcast “Folha Seca”, Rodolfo Landim afirma que o retorno da negociação em conjunto será natural no futuro.
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— A negociação coletiva é um caminho natural pelo qual a gente vai ter que passar. Acho que tem várias coisas que precisam modificar. A começar pelo produto futebol brasileiro, em que ele possa encaixar melhor em diversos mercados. Aí eu penso no mercado Norte Americano, que continua a crescer, é um grande mercado e também para o mercado europeu.
Hoje, o Campeonato Brasileiro é um dos menos vistos no mundo. Na própria entrevista, é citado que o campeonato da Coreia do Sul é mais visto que o do Brasil. A solução, segundo o mandatário Rubro-Negro, é deixar o futebol brasileiro mais atrativo a outros mercados. Uma das sugestões dadas pelo presidente do Mais Querido, é tentar colocar o horário dos jogos mais acessíveis aos europeus, por exemplo.
— Se a gente conseguir colocar os nossos jogos passados no horário, a depender da época do ano, do momento, a gente tem uma diferença de quatro horas em média para Europa. A gente passando os nossos jogos aqui, a tarde, nos fins de semana, pode ser os jogos da noite. Aí a gente pode querer ocupar o espaço no fim de semana, a noite, naquele mercado que gosta de futebol na Europa. Em Portugal, que tem uma relação muito forte pela língua com o Brasil, mas mesmo para os grandes mercados do futebol como França, Alemanha, Inglaterra, poderiam começar a consumir esse produto, mas esse produto do futebol brasileiro precisa ser de qualidade —, completou Landim.
Após o fim do Clube dos 13, clubes como Flamengo e Corinthians passaram a ganhar mais com seus direitos de transmissão com a Rede Globo, detentora do Campeonato Brasileiro. Dirigentes de outros times vivem a criticar o modelo de negociação atual, mas não há nenhuma conversa concreta em andamento para alguma mudança. Para alguns especialistas, a saída seria a criação de uma liga nacional, no mesmo molde de diversos países da Europa.
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