FOTO: ALEXANDRE VIDAL/FLAMENGO
Em 2011, Patrícia Amorim prometia um supertime para levar o Flamengo à conquista de títulos. Para isso, contratou o goleiro Felipe, junto ao Corinthians, Thiago Neves, do Al-Hilal e claro, o grande astro para comandar a equipe, Ronaldinho Gaúcho. O craque foi apresentado na Gávea. O evento contou com mais de 30 mil torcedores. Segundo o ex-atacante Deivid, o técnico Vanderlei Luxemburgo não queria o atleta.
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— Quem contratou ali foi a Patrícia (Amorim), o Vanderlei (Luxemburgo) não queria o Ronaldo. O Vanderlei não queria e aí chega o Ronaldo. Para gente que gosta de futebol, vê o cara no Barcelona, no Milan, melhor do mundo, fala “pô, o cara chegou”. O cara veio para encerrar, não para jogar como jogou no Barcelona. Se ele quisesse jogar em alto nível, ele estava no Milan, jogando Champions League, recebendo em euro. Então, se criou expectativa em cima dele —, disse ao “Charla Podcast“.
Deivid disse ainda que Vanderlei queria um time mais jovem. Vale lembrar que naquele ano, o Flamengo contava com várias joias que haviam conquistado a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Atletas como Negueba, Adrian e Thomas eram vistas como grandes revelações. Nenhum deles se firmou na equipe titular e foram os medalhões que comandaram o Rubro-Negro a um título Carioca e para Libertadores do ano seguinte.
— O Vanderlei queria um time mais jovem. Eu mesmo não tinha vaga garantida. Ele queria fazer um time lá na frente jovem. Se tu pegar o time do Flamengo, eu tinha 31, o Renato (Abreu) tinha 32, o Ronaldo 30, O Thiago (Neves) 26, Léo Moura trinta e pouco, o Angelim trinta e pouco, o Pet já com 38, 39… Não era um time jovem e o Vanderlei queria fazer um time jovem. Como tinha contrato de dois anos, não tinha como eu ir embora. Se eu faço um contrato de um ano, Vanderlei não renovaria comigo —, finalizou.
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E Vanderlei estava certo.
A verdade é que, primeiro de tudo, se o Flamengo tivesse pagando o Ronaldinho ele teria carregado o time, como carregou o Atlético. Segundo, o Luxa foi muito mal em dispensar o Petkovic. Só naquele jogo de despedida dele, já quase no meio do ano e estando sem jogar desde dezembro do ano anterior, ele mostrou mais futebol que o Botinelli na temporada toda. Claro que não ia ser titular pela idade, mas seria importante. Terceiro, logo quando o Egídio começou a jogar bola o Flamengo se livrou do cara. O Egídio "estourou" naquele campeonato brasileiro, foi o melhor lateral esquerdo nas primeiras três rodadas da competição. Mas o Flamengo tinha contratado o Júnior Cesar por causa das atuações ruins dele no Carioca. Então o que fizeram? Emprestaram o Egídio que era o antigo titular e ficaram com o Magal que era reserva dele pra compor elenco. Qual a lógica? Acontece que o Egídio continuou jogando muito no Ceará e depois Goiás, emprestado até o contrato acabar. Depois chegou no Cruzeiro e então no Palmeiras, sendo eleito 4 vezes o melhor lateral esquerdo do país, 2 por cada clube. E o Flamengo dispensou o cara justo quando ele havia "estourado". Então se percebe que o clube era uma bagunça na época, jogador que não recebe, promessa dispensada de graça, um ídolo tratado como qualquer um. Não tem como isso dar certo mesmo. Ali foi a fagulha que faltava pra galera da chapa azul perceber que o Flamengo precisava da experiência deles pra recuperar o clube.