Fabiano de Abreu: “A derrota no Fla-Flu expõe um ‘déficit’ para a comissão de Paulo Sousa”

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Abalos emocionais constantes podem colocar a temporada em cheque nos momentos de maior pressão, Fla-Flu é a prova

Texto de: João Altris Cordeiro

Ontem, no domingo (06/02), o Mais Querido foi a campo em busca da sua primeira vitória diante de um time de expressão e o mais importante: num clássico, o Fla-Flu. No entanto, a partida teve como resultado a derrota por 1×0 diante dos tricolores no Nilton Santos. Tal resultado já veio acompanhado de críticas ao recém-chegado Mister rubro-negro, desde a escalação de Diego em uma nova função até pela opção por Vitinho não começar no plano dos 11 ideais para a partida.

Apesar da derrota, o Flamengo controlou bem o jogo na primeira etapa, mas o destempero entre os escolhidos de Paulo Souza foi claro. Felipe Melo, velho conhecido das “tretas”, num encontro nada amistoso com o Capitão Diego após a marcação do penal, disse: “Você é meu vice”. Referindo-se, é claro, à final da Libertadores. 

Este foi o estopim para a partida que, até então, corria bem para o Flamengo. A partir dali, o Fluminense pressionou o árbitro em todos os lances possíveis. 

Nos últimos três clássicos contra o time de Laranjeiras, a derrota veio na mesma condição: um domínio no primeiro tempo, um gol no período final que causou uma desorganização dos reservas que entraram no segundo tempo, um caminhão de arremates perdidos e, acima de tudo, um destempero geral da equipe. 

Ao mesmo tempo, é fato que o momento onde os jogadores têm mais desvio de foco são nos períodos iniciais e finais do jogo, a brecha perfeita para que o ultra defensivo Fluminense marque seus gols. Outro fator, não importa o técnico ou formatação tática, o clube parece começar a perder sempre no emocional. Fato é que o Fluminense marca, na maioria das vezes, no apagar das luzes com uma jogada despretensiosa em direção à área seja com 3-5-2, 4-4-2 ou a formatação tática que seja.


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Expulsão de Vitinho no segundo tempo

A expulsão de Vitinho aos 34 do segundo tempo mostrou que o time estava pilhado dentro e fora de campo. Além disso, o lance apresenta a irregularidade emocional do elenco nos momentos-chave de pressão. Depois dos 90 minutos, Paulo Sousa admitiu que a equipe caiu na armadilha das provocações tricolores:

“O maior controle emocional da parte dos nossos jogadores é algo que estamos falando, antes do jogo, a importância de nos manter focados…”

Enfim, talvez a resposta esteja dentro do próprio Ninho do Urubu, como é a preparação mental dos jogadores? Principalmente, os que sofrem críticas pela inconsistência de desempenho. O próprio ex-auxiliar técnico Mauricinho afirmou com todas as letras no Charla podcast:

“A gente treinava o time que podia ou a gente respeitava as cargas (desgaste físico). Então, isso foi criando uma bola de neve, o que desencadeou no time não estar no seu melhor momento da forma física, tática e talvez mental…

Até onde realmente o trabalho psicológico vai dentro dos muros rubro-negros? O que dá para afirmar é que isso precisa mudar e para ontem.

O Flamengo agora enfrenta o Audax na quinta 10/02, partida válida pela quinta rodada do Campeonato Carioca.

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