Atacante marcou gol contra o Audax e festejou em protesto às ofensas sofridas
No dia 06 de fevereiro, Flamengo e Fluminense se enfrentaram em jogo da quarta rodada do Cariocão. O clássico terminou com vitória Tricolor, mas o que virou destaque foi o crime de racismo contra Gabigol. O atacante, que foi chamado de “macaco” por torcedores rivais, abriu o coração sobre o ocorrido e falou sobre a importância de poder dar voz a todos que sofrem preconceito racial.
– Eu ouvi quando estava descendo para o vestiário, mas eu estava tão focado no jogo, que acaba passando muito rápido, e eu sabia que depois teria alguma imagem para que eu pudesse provar quem foi. É uma cena muito triste porque meus pais estavam lá, meus amigos estavam lá, e eu acho que não é viável. Não tem tamanho para quem passa por isso. Eu fiz e faço (a comemoração) porque eu posso representar muitas pessoas que sofrem e a gente não vê. Ter isso como exemplo, ter uma voz ativa acho que é muito importante -, disse, antes de continuar:
– Eu espero que as devidas medidas sejam tomadas. O Flamengo está se posicionando, o Fluminense tem ajudado, muito legal também receber a mensagem do Vasco. Não é só futebol, é algo que todos devemos entender que não existe. Eu fiquei muito feliz pelo gol de ontem e por poder comemorar dessa forma – , concluiu, em entrevista à FlaTV.
O Fluminense, que após o jogo questionou a veracidade da situação, mudou de ideia e foi ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro para abrir um inquérito e pedir a apuração dos casos. O Flamengo anexou à solicitação um laudo pericial como prova do ocorrido. Imagens das câmeras de segurança do Nilton Santos também foram solicitadas para auxiliar na investigação.