O Rubro-Negro perdeu por 85 a 83 após apagão nos minutos finais da partida
Por: Guilherme Xavier
Na última quarta-feira (06), o Flamengo começou e encerrou sua participação na Champions League das Américas 2022. Após finalizar a primeira fase em primeiro do Grupo 4, o Mais Querido não conseguiu superar o Minas na Arena Carioca 1 e perdeu por 85 a 83. O Orgulho da Nação vencia o cotejo até o fim, mas sofreu apagão nos dois minutos finais e ficou de fora da semifinal. A fim de elucidar o torcedor, a reportagem do Coluna do Fla separou uma análise do duelo e bastidores do ‘pós eliminação’.
O JOGO:
Desde o início da partida, Flamengo e Minas protagonizaram bom basquete para os espectadores. O Mais Querido venceu o primeiro e terceiro quartos, e o adversário emplacou os outros dois. Os ataques das duas equipes estavam bastante afiados, mas uma estatística desequilibrou em favor dos mineiros: os arremessos de três pontos. Enquanto o Orgulho da Nação obteve apenas 32% (11/35), o visitante teve 42% (9/21).
O Flamengo ainda conseguiu mais rebotes ofensivos (16 a 6), pontos de segunda chance (18 a 0) e pontuação de atletas vindos do banco (30 a 7), fato que mostra a expressão da rotação rubro-negra. No entanto, o grande vilão acabaram sendo as perdas de posse, já que o Minas conseguiu 13 pontos a mais que o Mengão como consequência destes empecilhos.
Da doída derrota, o destaque ficou por conta de Yago. O armador conseguiu anotar 29 pontos, sendo 14 deles no quarto decisivo. No entanto, o Monstrinho errou o único arremesso no período derradeiro justamente naquele que poderia dar a vitória ao Mengão. JP Batista, com 12 pontos, e Rafael Mineiro, com nove e 100% de aproveitamento nas tentativas, recebem menções honrosas. Vale destacar que Gustavinho não utilizou Faverani, Leoni e Rachel.
CONSEQUÊNCIAS, BASTIDORES E PLANEJAMENTO:
Após o duelo, os jogadores do Flamengo estavam visivelmente abalados. Alguns deixaram a quadra mostrando fortes emoções e chorando, como foi o caso do armador Yago. A frustração, como explicitado por Gustavinho na coletiva, é ‘normal’, visto que o grupo está acostumado com títulos e trabalha muito para isso. Vale destacar, também, que Olivinha, ídolo da Nação, chamou a responsabilidade e falou sobre o momento complicado.
— Infelizmente a gente sai daqui com uma derrota de dois pontos, dolorida demais, com uma frustração muito grande, perder dentro de casa, uma quartas de final de Champions League, não era o que tava planejado. Sem dúvida nenhuma a gente tinha uma ambição muito maior, a gente queria esse bicampeonato da Champions, mas infelizmente não foi possível. Acho que a nossa equipe não fez um bom jogo hoje e agora é focar no NBB que é o que nos resta — garantiu.
No que tange a questão do planejamento rubro-negro, neste momento, só resta o Novo Basquete Brasil (NBB). E agora, a liga nacional se torna uma obrigação ainda maior. No entanto, a grande questão com relação a essa temporada é a montagem de elenco. Gustavinho, mesmo sendo excelente treinador, não conseguiu fazer com que o Rubro-Negro fosse dominante como na jornada anterior. É importante frisar que o Fla perdeu Marquinhos, por exemplo, para o São Paulo.
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As peças de reposição trazidas, como Dar Tucker e Brandon Robinson, não emplacaram resultados esperados, mesmo que também não tenham sido grandes decepções. Fora da Champions League, a possibilidade de um tricampeonato mundial também fica para a próxima temporada. O momento é de foco total no NBB, para que o Flamengo possa voltar à competições continentais. O próximo compromisso do Orgulho da Nação é no dia 14 de abril, contra o Bauru, fora de casa.