Sucesso em todo Brasil, o fantasy game Cartola, da Rede Globo, tem rendido lucros milionários para a emissora nos últimos anos. Por conta do jogo, o Flamengo entrou em disputa judicial, nesta semana, para exigir que o grupo retire do ar todo o conteúdo relacionado ao Mais Querido na plataforma. A alegação do clube é que o negócio não tem previsão contratual, nem pagamento pelos direitos do uso da marca.
Não é a primeira vez em que o Flamengo procura medidas judiciais por conta do Cartola. Em 2020, o Mengão notificou a Globo para interromper o uso do conteúdo relacionado ao Rubro-Negro naquele Campeonato Brasileiro. A emissora rebateu, alegando que o jogo estava enquadrado como ação promocional do Brasileirão, competição no qual o Mais Querido tem contrato assinado com o grupo. A informação da disputa foi divulgada primeiramente pelo portal da Revista Veja.
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“Por esta ação ordinária, pretende o Flamengo obter tutela jurisdicional para (i) condenar a ré a se abster de utilizar indevidamente a sua marca e símbolos no jogo eletrônico Cartola, (ii) condenar a ré ao pagamento de indenização em razão da violação a direito marcário, ou, subsidiariamente, (iii) promover a revisão do contrato para adequar a contrapartida financeira devida ao Flamengo”, alegou o Fla na ação.
O Rubro-Negro reclama que o Cartola é um negócio lucrativo para a Globo e o repasse desse valor não estaria descrito no contrato entre as partes. O Mengão também alega que o jogo seria um ‘negócio à parte’ em relação ao Campeonato Brasileiro. O Flamengo, além de autorização para o uso da marca no jogo, exige pagamento dos direitos do uso de imagem.
“As fontes de receitas próprias, seja com assinaturas ou com exploração de espaços publicitários no ambiente virtual, diante do engajamento dos usuários com o próprio jogo, tornam o modelo de negócio altamente lucrativo. O Cartola gera receitas milionárias para o Grupo Globo, não apenas através de patrocínios, exploração de espaços publicitários e downloads, mas também em razão da cobrança de assinaturas de acesso, no valor de R$ 54,90 (cinquenta e quatro reais e noventa centavos), por usuário, para a versão Cartola PRO – modalidade do jogo com mais funcionalidades, servindo a versão gratuita (Cartola FC) como atrativo para a paga”, acrescentou o Fla.
“Todos os requisitos se encontram presentes, no caso concreto, devendo ser realizada a revisão judicial do contrato para condenar a ré ao pagamento de contraprestação compatível com o proveito econômico obtido com a exploração das marcas e símbolos do Flamengo no jogo Cartola, em valor a ser apurado em liquidação de sentença”, diz ainda o texto do Mais Querido na ação, protocolada na 5a Vara Empresarial da Comarca da Capital.
O Cartola conta atualmente com quase cinco milhões de times cadastrados. Dessa quantidade, mais de 350 mil assinam a versão PRO, com o pagamento de R$ 54,90 (jogadores que participaram de anos anteriores têm desconto). O fantasy game foi lançado em 2004 e, desde então, tem sido alvo de polêmicas. Além das questões contratuais alegadas pelo Flamengo, alguns atletas de futebol reclamam das cobranças nas redes sociais pelo ‘mau desempenho’ no game.
Marinho, hoje no Flamengo, reclamou do Cartola em 2021, quando vestia a camisa do Santos. “Eu recebo muita cobrança. Ano passado (2020), eu fui o cara que mais somei em Cartola. O quê que eu ganhei? P**** nenhuma. Ninguém me pagou nada. Quem tem o Cartola lá recebe os prêmios, e eu só recebo xingamento?!”, disse em entrevista ao podcast Flow, na ocasião.
Por enquanto, Marinho e os companheiros de Flamengo seguem disponíveis para serem escalados para a 26a rodada do Campeonato Brasileiro do Cartola. O Mais Querido enfrenta o Goiás, domingo (11), em Goiânia. A partida terá transmissão do SporTV e Premiere, mas a narração mais rubro-negra e pé-quente da internet é no Coluna do Fla, no Youtube.
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Como sempre a redelixo se aproveitando das marcas dos outros, que pague e bem caro pelo uso indevido!
Demorou uma barbaridade a perceber que está sendo lesado. CLARO QUE ESSE FANTASY GAME CARTOLA tem fins lucrativos!!! Mais óbvio impossível. Exige até assinatura para participar, igual aos canais PREMIERE. Tem que pedir indenização desde que foi lançado e o FLAMENGO FOI INDEVIDAMENTE USADO!