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Ministério Público propõe que torcidas organizadas ajudem a identificar envolvidos em violência

Grupos desejam fim das punições coletivas, mas MP faz contraproposta


Representantes das principais torcidas organizadas do Rio de Janeiro participaram, nesta terça-feira (20), de audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado. Os grupos desejam o fim das punições para as agremiações e advertências às pessoas físicas, o que geraria o fim das proibições das associações aos estádios. Por outro lado, durante o encontro, o Ministério Público propôs uma ‘delação premiada’ aos líderes.

A proposta do MP é que os presidentes das organizadas auxiliem as polícias na identificação de membros que venham a se envolver em confusões. As práticas, caso aprovadas por ambas as partes, valeriam a partir do momento em que o aditivo for assinado e não interferem nas ações que tramitam na Justiça no momento. Já as suspensões dos grupos que estão em vigor seriam canceladas, com a liberação dos grupos de volta aos estádios. A informação é da jornalista Gabriela Moreira, do GE.


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Vamos fazer essa proposta aos representantes das torcidas. Se eles aceitarem, podemos aditar o Termo de Ajustamento de Conduta vigente e liberá-las para voltar aos estádios. Mas se não colaborarem com essa compensação, os banimentos voltam a acontecer — declarou o promotor responsável pelo termo, Rodrigo Terra, para Gabriela Moreira.

A ideia do Ministério Público é ter algo ‘em troca’ para autorizar a volta das torcidas organizadas aos estádios de futebol. O projeto de lei 6118/22, previsto para entrar em votação na quinta-feira (22), tem, entre outras propostas, as punições para ‘CPFs’ e a anistia das agremiações, punidas pela Justiça. Atualmente, estão proibidas de irem aos jogos: Raça Rubro-Negra, Torcida Jovem Fla (Flamengo), Fúria Jovem (Botafogo), Young Flu (Fluminense) e Força Jovem (Vasco).

A ideia é que a votação no plenário aconteça na próxima quinta-feira (22), porém, depois de passar por análise da Comissão de Constituição e Justiça, que tem o poder de alterar a lei que versa sobre o tema. O projeto recebeu, até o momento, 30 emendas parlamentares, com sugestões de modificações e adaptações do texto original.