Novo regulamento da CBF irrita clubes, e restrição a patrocínios contrariou dirigentes
O Flamengo foi surpreendido pela Confederação Brasileira de Futebol, que criou um novo regulamento geral de competições, estabelecendo limitações para a exibição de patrocínios nos estádios no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil, com exceção das placas. A medida deixou contrariada a maior parte dos clubes da Série A, que têm receitas com as arenas.
As equipes, portanto, se revoltaram com a decisão da CBF, e o assunto foi discutido durante a reunião da Libra (Liga dos Clubes do Brasil), onde há 11 times da Série A, havendo ampla rejeição. As informações foram divulgadas inicialmente pelo jornalista Rodrigo Mattos, do Uol Esporte.
Entre as críticas, aponta-se que a CBF tomou a medida sem diálogo, que não é dona da competição e somente uma organizadora. Os clubes é que seriam os “mandatários” das propriedades, na visão dos dirigentes. Outra reclamação é de que os times têm contratos já assinados relacionados às propriedades nos estádios e não poderiam descumpri-los.
A diretoria do Flamengo, aliás, ficou bastante contrariada. Os rubro-negros entendem que esses direitos comerciais pertencem aos clubes. No caso do Palmeiras, o Alviverde tem contratos vigentes de patrocínios em outros setores do estádio. Portanto, ficou também incomodado com a medida.
O modelo adotado pela CBF, vale frisar, segue o exemplo de grandes campeonatos internacionais, como Libertadores da América e Copa do Mundo. Nestes casos, os estádios têm de estar limpos de marcas para a chegada da roupagem da competição em vigência.
Pelo tom da reunião na Libra, os clubes vão lutar na CBF para reverter a decisão do regulamento geral de competição. A Confederação ainda não tem uma posição sobre o assunto. Ressalte-se, no entanto, que não há impacto na publicidade em placas publicitárias em volta do campo. Por isso, o tema promete dar muita discussão entre todos os envolvidos no futebol nacional.