O clima nos bastidores do Flamengo passa longe da tranquilidade. Enquanto a equipe acumula resultados negativos dentro das quatro linhas, fora delas, a política ‘ferve’ na Gávea. Com a possibilidade de aliados ao presidente Rodolfo Landim viabilizarem um terceiro mandato da atual gestão, a oposição se mobiliza. Em carta divulgada nesta sexta-feira (14), ex-presidentes do Mais Querido se uniram para se mostrarem contra uma nova reeleição do mandatário vigente.
O comunicado assinado por ex-dirigentes, como Márcio Braga e Eduardo Bandeira de Mello, e ex-canditatos à presidência rubro-negra afronta a atual gestão que governa o Flamengo. Na carta, a ‘união de oposição’ cita a possibilidade de um terceiro mandato de Landim como “golpe”. No entanto, há reinvindicações do grupo.
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Os assinantes da carta “O Flamengo do futuro começa com a mudança agora” propõem uma reforma institucional no clube. Um dos pontos levantados pela ala que se opõe a Landim também fala em blindar o processo político-eleitoral no Rubro-Negro, justamente na tentativa de barra o avanço do projeto de conselheiros aliados ao atual presidente para viabilizar uma nova reeleição.
A revolta da oposição acontece após um grupo de conselheiros apoiadores de Landim desenvolverem um projeto que viabilizaria um terceiro mandato do atual presidente. Para tal ação, o estatuto rubro-negro precisaria sofrer alterações. O atual mandatário, por outro lado, prefere se abster da polêmica, evitando cravar que é contra ou a favor da medida.
O futebol brasileiro está mudando e nós, rubro-negros atuantes na Gávea, no Maracanã e além, afirmamos: o Flamengo não está pronto para os desafios postos por uma nova realidade.
Os pares do Flamengo já viram o relógio correndo, e estão jogando o peso do amadorismo para fora do barco. Enquanto isso, a memória recente de êxitos esportivos nos atira à mesma complacência que minou o presente e compromete o futuro de gigantes do futebol brasileiro e mundial. Sabemos o preço. Lá atrás, essa complacência nos adiou por quase quarenta anos o bicampeonato da Libertadores da América. A torcida não tolera um Flamengo complacente, nem um Flamengo sem confiança para mudar.
Hoje, o Estatuto Social do Flamengo segue tratando o futebol como assunto de amadores. Nove décadas depois da encruzilhada pela qual nos guiou o gênio de José Bastos Padilha, estamos novamente diante do desafio entre crescer ou estagnar. Naquele momento histórico, a aposta na grandeza passou pela profissionalização do vestiário, da porta para dentro. Mas paramos no tempo, e, agora, a mesma solução se impõe do vestiário para fora e para cima, ao longo de toda a cadeia de gestão, da qual devem sumir os amadores.
Quando deveríamos hoje contemplar o Flamengo do amanhã, testemunhamos uma manobra de prorrogação de mandato. Esse movimento vai na contramão da tradição democrática do Clube, que é uma das fontes de nossa grandeza. No vaivém secular entre situação, oposição e independentes, nenhum presidente de poder nunca deixou de ser alvo de crítica construtiva no Flamengo. Não será diferente em 2023, 2024 ou em qualquer outro momento adiante. Em vez de golpe, propomos uma verdadeira reforma institucional.
O futuro do Flamengo depende de um novo foco na governança – a começar pelo futebol – e na blindagem do processo político-eleitoral contra o casuísmo e a concentração de poder. Para isso, precisa trazer à mesa profissionais engajados em equipar o Clube para o que vem adiante. Os signatários desta carta farão a sua parte, dando condições de trabalho a esses especialistas para redesenharem as disposições de nosso Estatuto no que se aplique a governança e futebol. Contamos com os presidentes e vice-presidentes de poderes para abrir a porta e analisar de forma detida a proposta de modernização que será submetida aos poderes constituídos do Clube. O futuro já está ali fora, e o Flamengo não pode esperar.
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Como diz o hino " Flamengo até morrer eu sou" mas lutando seja na terra seja no mar, falar em reeleição com este time ,é pedir para tomar tapa na cara. Fora Landim, e sua turma, torço pelo Flamengo desde 1981, Combati o bom combate, mas acreditando, mas não desse jeito.
Como diz o hino " Flamengo até morrer eu sou" mas lutando seja na terra seja no mar, falar em reeleição com este time ,é pedir para tomar tapa na cara. Fora Landim, e sua turma, torço pelo Flamengo desde 1981, Combati o bom combate, mas acreditando, mas não desse jeito.
A era Landim foi bastante vitoriosa ... muitos títulos conquistados e o tratamento correto das finanças do clube.
Entretanto, Landim parece estar omisso às decisões totalmente equivocadas de um diretor sem postura e sem critérios sólidos.
O Sr. Marcos Braz desmontou uma equipe vencedora, contrariando a sua imensa torcida e agindo contra princípios éticos estabelecidos pelo clube, expondo-o a críticas e deboches sem precedentes.
Hoje, depois de tantos erros, desvia a atenção dos torcedores com indicações de contratações impossíveis e tenta desesperadamente jogar o problema nas mão de Jorge Jesus que, se não vier ficará o "TENTEI". Se vier e não der certo ficará o "Jorge Jesus não é mais o mesmo". Ele, como torcedor do clube, deveria ser o primeiro a reconhecer as bobagens feitas e tentar recuperar o que "jogou fora" (Rodinei, Dorival, J. Gomes e Michael).