Wilson Gottardo foi campeão carioca e brasileiro pelo Flamengo em 1992
Por: Marcos Vinicius Cabral
Perguntado sobre quem vai vencer o clássico desta terceira rodada do Campeonato Brasileiro entre Flamengo e Botafogo neste domingo (30), às 16h (horário de Brasília), no Maracanã, Wilson Gottardo decidiu tirar o pé dessa dividida. Com categoria, aliada à liderança dentro de campo que marcou a carreira, o eterno ‘xerife’ alvinegro e rubro-negro limitou-se a responder: “Torço pelos dois! Apenas acho que o momento melhor é do time de Luís Castro, no entanto, Jorge Sampaoli mudou o Mais Querido. Vai ser um grande jogo!”.
Campeão Carioca, em 1991, e Brasileiro, em 1992, pelo Flamengo, Wilson Gottardo era um dos líderes, ao lado do goleiro Gilmar, do meia Júnior, e do saudoso centroavante Gaúcho. Para o ex-camisa 4 rubro-negro, o título só foi possível porque os jogadores colocaram o ‘coração’ na ponta da chuteira. Falar daquela conquista, faz o xerife voltar no tempo.
— É um marco na vida do atleta conquistar o primeiro título dessa magnitude pelo clube. Sem falar que é difícil competir com tantas equipes boas no futebol brasileiro. E no caso do Flamengo, não foi diferente. Mas vencer aquele Brasileiro de 1992, que foi o pentacampeonato da história do clube, com jogadores talentosos e trabalhadores, em uma campanha marcada pela superação, só valoriza a conquista. Orgulho imenso em ter feito parte disso – contou, ao Coluna do Fla.
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Conhecedor do assunto, Wilson Gottardo falou da qualidade técnica dos zagueiros do atual elenco do Flamengo. O ex-central aproveitou para explicar a importância do setor defensivo de uma equipe que, para ele, realizam transições que partem dos defensores rubro-negros. E não o contrário, como muitos imaginam.
— É um processo difícil, já que você tem ali atletas renomados e com larga experiência no futebol. O Fabrício Bruno tem ganhado confiança, o Léo Pereira é diferente daquele jogador do Athletico-PR, e David Luiz, Rodrigo Caio e Pablo são jogadores experientes. Mais importante não é evidenciar jogador A, B ou C, e sim dizer que a transição, tanto defensiva como ofensiva, parte deles, daqui da zaga. Eles são fundamentais no esquema do (Jorge) Sampaoli, que é, além de ser bom treinador, obcecado por treinos, por números, por estáticas, por desempenhos… mas é uma equipe envelhecida. Há competições importantes em jogo – contou Gottardo, que foi capitão do Cruzeiro na conquista da Libertadores em 1997.
Muito antes de ser zagueiro e colocar a estrela de xerife no lado esquerdo do peito nos clubes em que passou, Wilson Gottardo envereda por outro caminho: ser técnico de futebol. Há menos de um mês, após realizar curso exigido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), iniciou como diretor-técnico no Resende Futebol Clube, time que disputa a segunda divisão do Campeonato Carioca.
— Sou treinador de futebol com licença pró CBF. No momento, recebi o convite para ser diretor-técnico de futebol do Resende Futebol Clube e estou há três semanas na função. Estamos iniciando o trabalho, que visa às séries A2 do Carioca e a D do Brasileiro, que vão começar nos dias 5 e 13 de maio, respectivamente. Mas jogamos no dia 17 e estamos com 30 atletas que estão sendo preparados para tais competições. Acreditamos que vamos longe – finalizou.