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CBF promete abrir investigação sobre caso de racismo no jogo Athletico-PR x Flamengo

CBF pretende “coletar todos os dados” sobre o crime praticado na Arena da Baixada


Depois do Athletico-PR se posicionar, foi a vez da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) abrir o jogo sobre o caso de racismo acontecido nas arquibancadas da Arena da Baixada, domingo (07), no jogo do Flamengo. A entidade máxima prometeu “coletar todos os dados disponíveis” em torno da ocorrência.

Na ocasião, um torcedor do Athletico-PR imitou macaco em direção à torcida do Flamengo, localizada no setor visitante da Arena da Baixada. O fã do time curitibano se irritou com gritos de “vice” dos apaixonados pelo Mais Querido, em alusão à final da Copa Libertadores da América, quando o Mengo bateu o time paranaense.

Além do caso de Curitiba, a CBF vai investigar outros possíveis casos de racismo, em jogos das Séries C e D, realizados no Rio Grande do Sul, no último fim de semana. A Confederação promete analisar as súmulas das partidas e também o noticiário em relação aos casos.

CONFIRA A NOTA DA CBF:

“Com relação aos supostos atos de racismo ocorridos em partidas de futebol das séries C (Ypiranga X CSA, no Estádio Colosso da Lagoa em Erechim – RS) e D (Aimoré x Hercílio Luz, no Estádio João Corrêa da Silveira em São Leopoldo RS), ambos relatados em súmula, e da série A (Brasileirão Assaí), entre Flamengo e Athletico Paranaense, na Arena da Baixada (PR), amplamente propagado pela imprensa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esclarece que atua no âmbito desportivo, seguindo protocolos para situações semelhantes às noticiadas no último final de semana.

O primeiro passo é coletar todos os dados disponíveis em torno do fato, entre eles as informações contidas na súmula do jogo, boletins de ocorrência, relatórios e reportagens que destacaram os episódios de racismo.

O clube envolvido também é requisitado a apresentar informações sobre o que foi feito em relação ao fato e sua defesa diante do ocorrido.

Com base nos dados coletados, uma comissão interna da CBF, formada pela Diretoria de Conformidade e Compliance, Diretoria Jurídica e Diretoria de Competições, julga o episódio, dentro dos parâmetros do Regulamento Geral de Competições (RGC).

Vale lembrar que a CBF não tem poder punitivo nem de polícia e, por isso mesmo, encaminha suas considerações e recomendações ao STJD e à Comissão de Ética, para que sejam tomadas as devidas providências no âmbito desportivo e também perante o poder público e demais instâncias”.

Pedro Paulo Catonho

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