Diretor-executivo Bruno Spindel enxerga reclamação como ‘estratégia’
O empate sem gols no clássico Fluminense x Flamengo aconteceu na terça-feira (16), mas segue rendendo entre os torcedores, comissões técnicas e dirigentes. Desta vez, quem se pronunciou sobre o assunto foi o diretor-executivo do Fla, Bruno Spindel. O dirigente enxerga as críticas do rival sobre arbitragem como exageradas e as classifica como ‘tática’ para o jogo da volta, e direcionou palavras ao treinador adversário Fernando Diniz.
— Acho que é uma estratégia (causar pressão). A gente acha muito ruim esse tipo de postura, de pressionar a arbitragem para ter um critério melhor para a equipe dele. A gente confia muito no presidente da comissão de arbitragem. O Wilson Luiz Seneme não vai se deixar levar por esse tipo de pressão. Me parece que é isso que o Diniz está buscando. Diniz quer que tenha um critério de falta para o time dele em qualquer contato, mas que o time dele possa fazer todas as faltas duras sem serem marcadas. O Flamengo quer uma arbitragem justa, isenta e com os mesmos critérios para os dois lados — disse Spindel, ao GE.
— O Flamengo reprova veemente a postura do Diniz no jogo e no pós-jogo. Tanto a postura com o árbitro, bandeira, quatro árbitro. O Flamengo reprova a postura dele e da sua comissão técnica de pressionarem o árbitro o jogo todo para conseguir algum tipo de benefício para o Fluminense. Eles chegaram a invadir a área técnica do Flamengo, deveria até ter sido expulso por isso. É grave invadir a área técnica da outra equipe. O Flamengo reprova veementemente esse tipo de postura — acrescentou o diretor.
Após o jogo, Fernando Diniz, técnico do Fluminense, criticou a quantidade de faltas cometidas pelo Flamengo. Além disso, o treinador disse que Gabigol pisou em Ganso de propósito, no segundo tempo. O árbitro Anderson Daronco considerou o lance normal e não puniu o atacante na jogada. Entendendo as insistentes reclamações do rival como tática para o duelo de volta, Spindel defendeu o Mengão na situação.
— O Flamengo quer uma postura isenta, idônea e com o mesmo critério para os dois times, e o que o Diniz busca é um critério que proteja o seu time e que qualquer tipo de contato com os seus atletas sejam marcadas faltas. Encosta nos atletas do Fluminense e eles se jogam no chão, cavam falta o tempo todo e a arbitragem tem dado. Mas você vê uma falta duríssima, por trás, do Felipe Melo no Gabigol, passível de cartão amarelo. Foi frontal à meta do Fábio e ele sequer marcou falta — falou Spindel.
— Esse tipo de coisa não pode acontecer e é isso que o Diniz busca com a pressão que ele está exercendo. Por isso aconteceu o número elevado de faltas a favor do Fluminense e outro número para a equipe adversária. Se tiver dois critérios isso vai ocorrer sempre. O Flamengo quer que sempre tenha uma boa e justa arbitragem e com critério único para os dois lados — concluiu.
Flamengo e Fluminense voltam a se enfrentar pela Copa do Brasil no dia 1o de junho, novamente no Maracanã, às 20h (horário de Brasília). Antes, os rivais têm dois compromissos pelo Brasileirão e um na Libertadores da América. O próximo jogo do Fla será diante do Corinthians, no domingo (21), às 16h (de Brasília).
