Vasco fez investigação sobre o CEO Luiz Mello
Entre torcedores, é comum ver a brincadeira de que “todo mundo é Flamengo“. Agora, na diretoria do Vasco, a frase passou a representar a realidade e ‘assombrar’ os corredores do São Januário. Isso porque, após diversos boatos, o clube investigou e confirmou que Luiz Mello, CEO da equipe, era sócio do Fla. Depois da repercussão, Mello quebrou o silêncio.
O dirigente do Vasco, que tinha título de sócio do Flamengo, não se assumiu como torcedor rubro-negro, mas garantiu que atualmente torce para a equipe cruzmaltina. Ainda na declaração, Luiz Mello garantiu que a situação com o Fla é uma ‘relação do passado’.
— A minha relação com o futebol começou antes de eu ser um profissional deste mercado. É o que acontece com quase todo brasileiro. Eu me preparei durante toda a minha vida para trabalhar neste segmento e ser CEO do Vasco é a realização de um sonho. Independentemente de qualquer relação do passado, hoje eu vivo, respiro, me doo e torço pelo Vasco da Gama com todas as minhas forças, 24 horas por dia. Qualquer movimento em uma direção diferente dessa seria também ir contra esse meu sonho, no caminho oposto de todo o caminho que trilhei até este momento —, disse Mello ao GE, antes de completar:
— Ser profissional no futebol é isso. Acontece com os treinadores, com os atletas, membros das comissões. Com os executivos, não é diferente. Como a profissionalização dos jogadores é algo que remonta aos anos 1930, ninguém mais se preocupa qual era o time de infância do goleiro, do atacante, da nova contratação. Grandes treinadores do Vasco eram torcedores do Flamengo e do Fluminense. Grandes ídolos do clube tinham admiração por rivais e nem por isso deixaram de honrar a camisa vascaína.
Mesmo com as justificativas, fato é que boa parte da torcida vascaína segue furiosa e pedindo a demissão de Luiz Mello, mas a pressão política tem surtido menos força do que em tempos passados. Isso porque, como o clube teve a SAF vendida para a 777 partners, agora são os executivos da multinacional que controlam a maior parte das ações, assim dando menos voz e força àqueles que eram mais atuantes no Vasco.
Para controlar a situação instável, o time cruzmaltino terá bastante trabalho, afinal, a má fase da gestão tem se estendido também ao campo. Com apenas uma vitória em dez jogos do Brasileirão, o time ocupa a penúltima posição na tabela, com seis pontos. Enquanto isso, o Fla mira o topo: com 19 pontos conquistados, o Rubro-Negro está em terceiro e vive sequência de três vitórias na competição, assim tentando entrar de vez na briga pela liderança.
Fico imaginando um mundo onde os profissionais do futebol SÓ PODEM ATUAR nos clubes do seu coração: o Flamengo e o Corínthians teriam vastas opções para contratar, ao passo que outros clubes menos populares teriam que se virar com as escassas opções de jogadores e outros profissionais. Já pensaram, como seria o elenco do Botafogo? Se não tem torcida nem para ocupar a sombra do poste nos estádios pequenos… KKK