Jorge Sampaoli chegou ao Flamengo em abril e busca embalar o Rubro-Negro em sequência de resultados. Para isso, o argentina tenta implementar a filosofia de jogo no elenco. O “amor pela bola”, inclusive, é pregado fortemente nos treinos. O técnico ainda vai além e deseja que a torcida do Fla reprima quando um jogador não cuidar da ‘redonda’.
— Minha obrigação, em meu espaço, é que a torcida do Flamengo reprima que um jogador não cuide da bola, que não a dê ao rival, que não a chute para fora. Nunca. Nunca (risos) — explicou Sampaoli, em entrevista à FlaTV.
O treinador rubro-negro também explicou o momento em que se assustou ao ver a torcida do Palmeiras vibrando com chutões do clube paulista. Para Sampaoli, os brasileiros têm um conceito errado sobre a ideia de ‘rifar’ a bola para o alto.
— Quando era técnico do Chile, assistia a jogos do Palmeiras porque Valdivia jogava aqui. Um jogador extraordinário. Me surpreendi com a torcida porque a torcida pedia muita raça. E a raça estava algumas vezes em chutar a bola para fora do campo. E aí eu pensava: “Não, eu não estou no Brasil”. Ou quero trocar essa ideia e que a raça seja se animar a jogar futebol, a se animar a atacar muito e a ter muito respeito pela bola — contou Sampaoli, antes de completar:
— Tem que levantar a torcida de outra maneira, senão não é uma religião, é uma comodidade. Sinto que a exigência de ganhar por ganhar faz com que você esqueça de sua religião. Religião é jogar futebol o tempo todo: 94 minutos jogando — finalizou.
No dia a dia do Flamengo, Sampaoli deixa claro que não gosta de chutões. As atividades no Ninho do Urubu são repletas de atividades com bola no chão, troca de passes constantes. Até mesmo alguns trabalhos físicos têm a ‘redonda’ como objeto presente.
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Resumindo: será ele, adepto do "Dinizismo"? KKK