Publicação da Nação 12 ‘detona’ atual presidente do Flamengo
Uma das principais torcidas organizadas do Flamengo, a Nação 12 usou as redes sociais para se posicionar de forma contundente sobre o direito a voto para sócio-torcedor no clube. O grupo de torcedores se colocou contra as falas de Rodolfo Landim, dizendo que o presidente pratica um “discurso elitista”.
Em nota, os torcedores ainda elencam cinco pontos que vão contra o pensamento atual de Landim. Desde venda de Zico a rachadura em piscina na Gávea que fazia a conta de água ser mais cara, o pronunciamento deixa claro que o grupo de rubro-negros é a favor do direito a voto para sócios-torcedores que sejam adimplentes ininterruptos por três anos.
VEJA NOTA DA NAÇÃO 12
“Diante da fala do presidente Rodolfo Landim e seu argumento utilizado para justificar uma não-mudança estatutária que permita aumentar o número de eleitores do Clube de Regatas do Flamengo, que conta com mais de 40 milhões de torcedores, e tem eleições vergonhosas com menos de 10 mil pessoas aptas a votar e um comparecimento baixíssimo, a Nação 12, seguindo com a sua defesa a um Flamengo popular e democrático, vem a público esclarecer alguns pontos:
- Uma eventual mudança estatutária que conceda ao sócio-torcedor o direito ao voto, como qualquer outra categoria de sócio do clube, estaria atrelada a adimplência: para ter direito ao voto, se faz necessário, no mínimo, 3 anos de vida associativa e mensalidades em dia. O que demonstra engajamento, compromisso com o clube e não mero interesse em descontos e prioridades pra compra de ingressos. Essa adimplência ininterrupta tende a trazer uma estabilidade maior no faturamento do clube.
- Com a possibilidade de mais grupos políticos serem formados com uma associação mais democrática e plural, que faz o Flamengo ser o mais popular do brasil, maior será a possibilidade de senso crítico com quem estiver no poder;
- O discurso de que sócios com rendas mais baixas seriam facilmente manipulados por discursos populistas é extremamente elitista, como dizer que a pessoa por ter menos dinheiro “pensa menos” (algo que nossos rivais já dizem pra ofender nossa torcida). E não é a primeira vez que essa diretoria se porta dessa forma.
- Desde 2015 o estatuto do clube traz a Lei de Responsabilidade Fiscal Rubro-Negra, para impedir que presidentes se neguem a cumprir o orçamento do clube, ou seja, não se pode gerar dívidas sem receita para cobri-las;
- Ainda sobre eleição de presidentes com gestões ruins, fica a reflexão: foram os sócio-torcedores que elegeram o presidente que geriu muito mal da nossa geração da Copinha de 1990? O que contratou mais de 100 jogadores em 3 anos? Que aumentou a dívida do clube absurdamente? A que não era capaz de observar, juntamente com seu vice-presidente de administração, que a piscina do clube tinha uma rachadura que causava vazamento e fazia a conta de água do clube custar mais de R$ 500 mil? Foi o discurso populista que elegeu o presidente responsável pela venda de Zico, nosso maior ídolo?
Muito se fala sobre a SAF, apesar de toda obscuridade que cerca a questão. Por isso, é importante que todos nós, rubro-negros e rubro-negras, estejamos atentos. O único jeito de acabarmos com o poder absoluto da “Fla-Leblon”. Defendendo um Flamengo popular e profissional, é democratizando as eleições e popularizando o quadro de sócios.
A Nação 12, junto com outros grupos de torcedores que debatem o tema, reforça que precisamos de #STComDireitoAVotoJá!“
As pessoas possuem uma imensa dificuldade de entender que o futebol é apenas uma modalidade esportiva do clube. O clube, a INSTITUIÇÃO, com seu estatuto e seus regulamentos, possui sócios que COMPRARAM seus títulos, e não faz sentido vc colocar mais milhões de pessoas na barca sem qualquer indenização deste “prejuízo” aos sócios originais, as pessoas que compraram seus títulos. Fazendo uma comparação apenas, uma empresa, por exemplo a Petrobras, possui “X” acionistas e se cada um destes acionistas possuir “Y” ações em média, o total de ações desta empresa será Nº Ações = X*Y. O Valor Patrimonial desta empresa seria X*Y*valor de 1 ação. Se vc coloca 40 milhões de novos sócios, vc dilui a quase ZERO o patrimônio de cada um dos sócios originais, porque o Patrimônio Total vai continuar constante, só entrou gente na empresa, diluiu, virou molécula. Pra ter direito de voto, o certo é ser sócio, porque além da sua paixão, vc estará decidindo sobre parte do seu patrimônio, onde vc colocou dinheiro para formar o patrimônio do clube. Sou ST mas tb sou investidor e tenho que concordar que ST votar, ou seja, ter o mesmo direito que o sócio, é impraticável.