Nova Iguaçu x Vasco acontece no domingo (17), no Estádio Raulino de Oliveira
A definição do local da partida entre Nova Iguaçu x Vasco gerou revolta entre os torcedores do time de São Januário. Afinal, o clube esperava que a semifinal do Campeonato Carioca acontecesse no Maracanã. No entanto, o duelo do próximo domingo (17) será no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Na noite desta quarta-feira (13), a FERJ emitiu uma nota sobre o assunto.
Todavia, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro ressaltou que atendeu os desejos dos clubes nos dois jogos. Portanto, quando o Vasco pediu o Maracanã na ida, foi atendido. Além disso, a FERJ argumenta que o Nova Iguaçu solicitou o duelo em Volta Redonda e também recebeu o ‘ok’.
REVOLTA DO VASCO
Depois da confirmação do local, o Vasco emitiu um comunicado reclamando da decisão. O clube de São Januário, ainda, sugeriu uma gestão compartilhada. Atualmente, Flamengo e Fluminense estão à frente do consórcio do Templo Sagrado. “Um Maracanã de poucos faz mal ao futebol. É, no mínimo, lamentável a dificuldade em se jogar no estádio”, diz trecho do texto divulgado pelo rival.
MARACANÃ TAMBÉM SE PRONUNCIA
Depois de Vasco e FERJ, quem também deu a própria versão foi o Maracanã. A página oficial do estádio nas redes sociais negou que tenha vetado o palco para o jogo, como a reportagem do Coluna do Fla informou na tarde desta quarta-feira (13).
VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA:
“A Federação de Futebol do Rio de Janeiro, em relação ao local da partida entre Nova Iguaçu FC x Vasco da Gama SAF, vem a público esclarecer e informar:
1- Por força do Regulamento da Competição, aprovado por unanimidade pelos clubes, cabe ao clube mandante o direito de indicar o estádio para o seu jogo;
2- Assim como coube ao Vasco da Gama SAF indicar o estádio do Maracanã, na primeira partida, quando mandante, o mesmo direito coube unicamente ao Nova Iguaçu a escolha e indicação do estádio Raulino de Oliveira, amparado pelo direito de o fazer, na condição de mandante;
3- A FERJ tem a função de cumprir e fazer cumprir a vontade dos clubes manifestada nos regulamentos por eles aprovados, desde que observados os aspectos legais;
4- A FERJ não teve nenhuma interferência na opção, escolha e indicação dos estádios, cujos fundamentos para tal não lhe cabe discutir, vez que não afrontam ou transgridem normas legais;
5- A FERJ afirma conhecer da neutralidade do Governo do Estado do Rio de Janeiro, na pessoa do seu Governador Claudio Castro, quanto à qualquer ingerência nas partidas realizadas ou deixadas de realizar no Maracanã;
6- Por fim, entende como injustas e equivocadas conclusões diversas das que aqui foram apresentadas e requer o testemunho e manifestação pública dos clubes envolvidos”.
Ao que me parece, o Botafogo FR, na condução da gestão do Estádio do Engenhão, (pertencente a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e cedido ao Botafogo de Futebol e Regatas, seu arrendatário), tem total direito a definir quem pode ou não pode jogar neste estádio.
Aliás, não se sabe como, o Botafogo, que chegou a vender seu estádio da Rua Gal. Severiano e depois o recuperou, teve arrendamento do campo do clube União, de Marechal Hermes e do Caio Martins (que pertence ao Governo do Estado, e está cedido ao Botafogo através de um termo de concessão, desde 1988, com prazo de término em 2027)… ou seja, o Botafogo tem um pequeno estádio no bairro de Botafogo, mas é “dono” de mais de um estádio no estado. Como isto aconteceu?
Então, não me parece também muito difícil saber quem decide algumas demandas sobre o estádio do Maracanã.
O CR Vasco da Gama já entrou com ações contra o consórcio Fla-Flu, para anular a definição sobre a administração do estádio, por este consórcio. A Prefeitura do Rio, ao invés de se impor, vem claudicando em sua posição. Ora, o Vasco conseguiu comprar terreno em que construiu o estádio de S. Januário, que passou a ser o maior estádio de futebol das Américas, com o valor exato de sua arrecadação junto a torcedores, o que parece ter sido uma “oferta” da prefeitura.
Assim, Vasco e Botafogo foram bastante beneficiados pela prefeitura do Rio de Janeiro. Agora, um deles quer criar dificuldades principalmente para o maior vencedor do estádio e o que efetivamente propicia fundos e melhorias para a sua vida.
Foi o consórcio Fla-Flu que assumiu o estádio, após profunda degradação de suas instalações. Uma vez ter recuperado o estádio e ganhado a licitação, Fla-Flu, por decência, devem permanecer com gestores do estádio e com direitos a definir o que pode e o que não pode acontecer nele.
Bem lembrado! Porquê o Vasco e Botafogo não “dividem” a gestão do Engenhão?