Flamengo e Bragantino ficaram no 1 a 1, nesse sábado (04), pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. A partida, no entanto, foi marcada por polêmicas da arbitragem comandada por Paulo Cesar Zanovelli da Silva, incluindo um pênalti não marcado em Luiz Araújo na etapa final. Para o ex-chefe de arbitragem da CBF e atual comentarista, Leonardo Gaciba, a equipe carioca tem razão em reclamar.
— Os critério mudam a cada ano. Os árbitros estão completamente perdidos. Não há uma unificação de critério, cada um tem a sua interpretação. Se o campo tem um critério e o do vídeo tem outro, é confusão anunciada. Vou falar a instrução dada (pela CBF) aos árbitros. Se a CBF disser que não foi, que venha falar que estou dizendo uma mentira. O que me preocupa é a orientação dada pela comissão: ‘Se um agarrão acontecer fora da disputa, não marca (o pênalti), porque não teve impacto no jogo’. É de chocar isso -, iniciou Gaciba, durante o programa ‘SportsCenter’, da ESPN.
— Tivemos um pênalti em Internacional x Bahia, e comissão da CBF não colocou nem a imagem no ar. O jogador do Bahia derruba o do Internacional com a bola em jogo, golpe de sumô, uma penalidade clara que aconteceu. Acontece em duas rodadas seguidas, a arbitragem não tem critério e isso nos preocupa. O que tem sido orientado para eles? Será que vão considerar essa decisão correta? Vejo penalidade clara (em cima do Luiz Araújo) -, continuou.
— Se (um atleta) começou a agarrar o adversário fora da área e terminou dentro da área é pênalti. Para mim, há um agarrão no jogador fora da disputa da bola. O defensor do Bragantino não quer jogar, só quer agarrar. Pelas imagens, existe (o pênalti). A penalidade existiu, o Flamengo está correto em reclamar. Para mim tem um erro claro de arbitragem. O árbitro não viu e se tem impacto, tem que chamar o árbitro para ir ao VAR mudar a decisão de campo, para tomar a decisão -, finalizou.
Aos 44 minutos da final, o Flamengo reclamou bastante de um possível pênalti em Luiz Araújo. No entanto, o árbitro Zanovelli afirma categoricamente: “Foi na passada. Foi nada, não”. Em seguida, após análise de diferentes câmeras, o responsável pelo VAR Daniel Nobre Bins responde rapidamente, concordando com a decisão de campo: “Tudo ok, tá?”.
Entretanto, o que chama atenção é que a análise do VAR do lance em questão não durou nem 30 segundos. Além disso, diferentemente de outro lance polêmico na partida, onde ocorreu o cancelamento do cartão vermelho a Luan Cândido, do Bragantino, em que o árbitro analisou no vídeo e achou uma falta de De La Cruz para cancelar a expulsão, o penal em Luiz Araújo sequer teve recomendação para revisão do árbitro no monitor.
Na bronca com as decisões tomadas pela arbitragem nos últimos jogos, dirigentes do Flamengo pediram a palavra depois do empate com o Bragantino. Além de falar após o apito final no gramado, Bruno Spindel, diretor executivo do clube, e Marcos Braz, vice-presidente de futebol, fizeram duras críticas sobre as não marcações de infrações a favor do Rubro-Negro.
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Se esse lance não for reavaliado pela CBF, o futebol brasileiro vai virar Rugby com os pés.
Não adianta nada reclamar na mídia, e nem mandar notas de protesto, pois a CBF nem liga. Enquanto essa raça bairrista e tacanha continuar por lá, vai ser isso. É através dessas arbitragens catastróficas que a CBF faz o "esquema", prejudicando seus desafetos e favorecendo seus "parças". A única saída é uma revolta geral dos clubes sempre prejudicados, com a formação de uma nova Liga, desvinculando-se desse antro de corrupção, negociatas, assédios e bairrismo descarado. Que deixem o Palmeiras disputar o "brasileirão da CBF" sozinho.