Bruno Henrique teve caso arquivado no STJD
Bruno Henrique passa por investigação da Polícia Federal por possível envolvimento em apostas esportivas. Porém, o atacante já teve que responder ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva pelo cartão amarelo recebido contra o Santos, em novembro do ano passado. O principal argumento utilizado pela defesa do atacante do Flamengo foi o momento da advertência, que aconteceu aos 50 minutos do segundo tempo.
— Chamaria a atenção a frieza da qual o atleta teria que dispor para aguardar os acréscimos do segundo tempo para perpetrar a ilegalidade pretendida, inclusive correndo o risco de que a partida fosse encerrada antes de ter consumado o ato — argumentou a defesa de Bruno Henrique, na ocasião.
Além disso, na época, Bruno Henrique disse que disputou o lance com Soteldo de maneira limpa, “se lançando em direção à bola, com o único objetivo de recuperá-la atingindo acidentalmente, em seguida, o atleta adversário”. Por fim, o atacante conta que gostaria de ‘zerar’ os cartões visando o jogo com o Palmeiras, duas rodadas depois, já que estava pendurado. Na época, paulistas e cariocas disputaram o título.
OS ARGUMENTOS
– Cartão apenas aos 50 minutos do segundo tempo;
– Não foi falta para cartão
– Estava pendurado e, duas rodadas depois, o Flamengo enfrentaria o líder Palmeiras
CONVENCEU
Para o STJD, na época, os argumentos de Bruno Henrique foram convincentes, e o atacante não recebeu pena maior. Assim sendo, o jogador desfalcou o Flamengo por duas rodadas, devido ao terceiro cartão amarelo e, posteriormente, o vermelho direto. Desse modo, o Tribunal decidiu arquivar o caso.
POLÍCIA FEDERAL
Se o STJD aceitou os argumentos de Bruno Henrique, a Polícia Federal enxerga de outra forma. Após denúncias sobre apostas ‘incomuns’ no cartão do atacante, 12 mandados de busca e apreensão foram realizados nesta terça-feira (05). Além da casa do jogador e do Ninho do Urubu, endereços em Belo Horizonte, Vespasiano-MG, Lagoa Santa-MG e Ribeirão das Neves-MG receberam visitas da PF. O camisa 27 tem família e amigos nas cidades mineiras citadas.
Também são alvos da operação: Wander Nunes Pinto Junior (irmão de Bruno), Ludymilla Araujo Lima (cunhada de Bruno) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima de Bruno). Outras pessoas no alvo são Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, residentes em Belo Horizonte, que é a cidade natal de Bruno Henrique. Esses são ex-atletas ou jogadores amadores de futebol.
RELACIONADO
Apesar das investigações, Bruno Henrique foi relacionado e viajou para Belo Horizonte, onde o Flamengo enfrenta o Cruzeiro, nesta quarta-feira (06), pela 32a rodada do Brasileirão. Se tem Mengão em campo, logo, há transmissão do Coluna do Fla, ao vivo, no YouTube. Desse modo, a bola rola às 21h (horário de Brasília), no Estádio Independência.
É uma asneira, e até mesmo uma irresponsabilidade, definir que a Polícia Federal “enxerga de outra forma” o lance do cartão amarelo. A PF está investigando, e investigar não significa absolutamente nada em termos de culpabilidade. Só no final do inquérito é que a PF vai dizer se enxerga da mesma ou de outra forma em relação ao entendimento do STJD.