A cada ano, a insatisfação se repete: os dirigentes reclamam de possíveis distorções no ranking de vendas de pacotes do pay-per-view do Brasileiro. Para tentar resolver de uma vez por todas esse assunto, a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão, convocou os representantes dos 18 clubes com os quais mantém contrato de longo prazo para uma reunião nesta terça-feira, em São Paulo.
Ao contrário do primeiro encontro, que aconteceu em um hotel na capital paulista, ela receberá desta vez os times em sua sede.
O diretor executivo de esportes da emissora, Marcelo Campos Pinto, que está se despedindo de sua função, deve participar da discussão.
Na apresentação do rateio do dinheiro de 2015, no último dia 27 de outubro, ao escutar críticas dos cartolas sobre o percentual que caberia a cada uma de suas equipes, Campos Pinto chegou a brincar.
“Vocês reclamam todos os anos, mas nunca se entendem”, disse.
Foi por isso que os clubes acertaram naquela ocasião se reencontrarem em 15 dias para encaminharem sugestões para a melhora da metodologia de pesquisa, feita pelo Ibope em conjunto com a DataFolha.
A receita com o pay-per-view aumenta a cada ano. Em 2013, a Globo colocou à disposição R$ 280 milhões para divisão, proporcionalmente ao número de torcedores assinantes de cada time no sistema. Essa cifra aumentou para R$ 300 milhões no ano passado e chegou a R$ 350 milhões nesta temporada.
Ela será de R$ 500 milhões em 2016.
Na mesa, as equipes contestam desde a abrangência da pesquisa – considerada reduzida demais, foram apenas 10 mil pessoas neste ano, segundo o presidente do Santos, Modesto Roma – até o detalhe de ela não incluir cidades do interior do Brasil.
Outro tema que deve ser colocado em pauta, conforme os dirigentes, é a mudança da atual divisão de cotas.
Foi feita a sugestão na reunião anterior para que um percentual da verba de direitos de transmissão fosse compartilhado de forma igualitária pelos times. O diretor de esportes da Globo, Marcelo Campos Pinto, não descartou a possibilidade e citou até mesmo, durante a sua análise, o modelo da Premier League.
Ao todo, 18 clubes contam hoje com acordo com a emissora até 2018: Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Grêmio, Inter, Atlético-MG, Cruzeiro, Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Bahia, Vitória e Sport.
Fonte: ESPN
Eu aceito dividir igualitariamente, se o Governo der o Maracanã para o Flamengo, assim eu aceito. Agora, jogando em estádio entregue a rapina da OAS Arenas, onde gerou a maior renda bruta do campeonato mas ficou com miseros 40% do que o Palmeiras recebeu com seu estadio ou do que os Gambas geraram com o seu. Dividir o bom todos querem, mas o ruim ninguem quer.