Marcelinho procurou a linha de três, puxou contra-ataque, infiltrou no garrafão, encarou marcação dobrada, pegou rebote, caiu, levantou e não sentiu uma dorzinha sequer. O joelho direito havia passado bem no primeiro teste, após a segunda cirurgia. Com apenas uma semana de treinamento, o ala-armador foi responsável por 12 pontos, seis assistências e cinco rebotes na vitória do Flamengo sobre o Rio Claro. Mas o que o deixou mais feliz foi conseguir realizar movimentos que antes estavam limitados.
– Não é a bola cair que me dá essa sensação de que voltei, mas conseguir me movimentar tendo confiança. Voltar a fazer os movimentos que eu estava receoso de executar ou com alguma limitação. É muito bom voltar. E com vitória é sempre melhor. Fiquei feliz com o desempenho do time. Sabemos o momento que estamos na temporada, temos muito a evoluir, mas houve entrega, o espírito coletivo e o foco em ganhar. Só tenho a agradecer a todos os profissionais que me ajudaram nessa recuperação. Tenho muito a evoluir ainda – comemora.
O joelho não era o mesmo desde a operação a qual fora submetido, em dezembro de 2012, para a reconstrução do ligamento cruzado anterior. Uma fibrose fazia com que as dores oscilassem, dias mais outros menos. Minava a sua confiança. Aos 40 anos, tomou a decisão de encarar uma artroscopia para voltar a jogar em sua plenitude. Garante que o intuito é em ajudar o Flamengo, mas não nega o interesse em disputar os Jogos Olímpicos no quintal de casa.
– O que me motivou a operar foi melhorar o meu desempenho. Sempre me cobrei demais durante todo a minha carreira para estar 100%. Meu foco é poder ajudar o Flamengo, estar melhor e a seleção vai ser consequência do que eu apresentar. Sei a idade mais avançada que estou e não me preocupo com isso. Mas se estiver bem, por que não?
Fonte: GE