Jogador é relacionado para a partida contra o Santos, nesta quinta-feira, e pode disputar um jogo oficial depois de um longo período afastado por conta de uma lesão
A camisa 10 do Flamengo, a mais importante do clube, ficou 48 dias guardada no armário. Dono do emblemático número, Ederson ficou fora de cena e teve a paciência colocada à prova.
– É frustrante, porque isso acaba te angustiando um pouco, porque você quer dar o seu máximo e tal, e não está apto. É complicado.
Longe do time desde 27 de setembro, o meia sofreu uma lesão no joelho direito. Uma recuperação lenta e angustiante.
– Quando a gente está fora, é muito difícil, realmente muito difícil. Mas tem que ter paciência, né? Tem que ter paciência para voltar e voltar bem, porque não adianta também voltar mais ou menos e não poder ajudar, né?
Ele e o sorriso voltaram. Na festa de 120 anos do Rubro-Negro, domingo passado, entrou em campo no segundo tempo do amistoso contra o Orlando City, dos Estados Unidos, no Maracanã. Um recomeço para quem ainda está começando no clube. Nesta quinta-feira, está à disposição do técnico Oswaldo de Oliveira para o jogo contra o Santos, na Vila Belmiro, às 22h (de Brasília). Ficará no banco, com uma vontade danada de fazer sucesso no clube.
– Estou muito feliz de voltar a jogar com meus companheiros, não via a hora. E agora eu espero dar sequência naquilo que eu vinha fazendo. Eu tive um bom início aqui.
Confira a íntegra da entrevista:
Como se sentiu no tempo que jogou contra o Orlando City?
Fiquei muito feliz de voltar a jogar, infelizmente no futebol acontece de levar uma pancada, foi o que aconteceu comigo. Tem coisas que a gente não controla, né? Infelizmente nessa pancada, que foi muito forte, eu tive essa lesão, tive que ficar tratando, fazendo tratamento e treinamento separado. Mas estou voltando, muito feliz por voltar a jogar com meus companheiros. Espero dar sequência naquilo que eu vinha fazendo. Eu tive um bom início aqui, fui muito bem recebido, cheguei fazendo gols, jogando bem, jogando com o time. Estou trabalhando muito para voltar e poder dar sequência nesse bom início que eu tive.
Criou-se uma expectativa muito positiva com esse bom início. De lá para cá, como tem encarado tudo que viveu no clube?
Quando cheguei, o apoio me deu muita força. Estou muito feliz aqui no Flamengo. Sempre procurei dar meu máximo e isso fez com que tivesse bons resultados logo no começo, fazendo gols, dando passe. Depois que aconteceu aquela pancada (contra o Vasco), tenho recebido apoio dos meus companheiros, de todo mundo. Estou com a cabeça tranquila, sei que fazendo um bom trabalho tenho tudo para ficar 100% e ajudar o time ainda mais.
Qual é sua condição física hoje, Ederson?
Não dá para falar que estou 100%, estou voltando aos poucos. Tenho que passar por cima disso. É normal que após um mês e meio sem jogar o ritmo de jogo falte, senti muita falta disso no último jogo. Isso vem com tempo, treinos e jogos. É o que vou tentar fazer até o fim do ano, tentar ajudar o time, readquirindo ritmo de jogo para dar o meu máximo até o fim e já preparando o ano que vem. Vai ser um ano muito importante para a gente.
Quando você chegou, tinha acabado de se reapresentar no Lazio. Essa mudança atrapalhou um pouco nessa volta?
Na verdade, não tive uma pré-temporada. No meio do ano, estava voltando de férias na Itália, treinei apenas alguns dias, depois já cheguei aqui, apto para jogar, joguei um jogo atrás do outro. O ideal é você ter uma pré-temporada completa para poder trabalhar todos os quesitos, desde resistência até a força, a explosão. E isso eu não tive. Espero terminar bem esse ano, fazer uma boa pré-temporada no início do ano que vem para poder ajudar o Flamengo da melhor maneira possível.
Na sua apresentação, você falou da readaptação ao futebol brasileiro. Disse que não esperava dificuldades. Foi assim na prática?
É normal ter essa readaptação. No estilo de vida e no futebol brasileiro. Passei dez anos na Europa, é muito diferente. Dentro de campo, as coisas estavam caminhando bem. Fora de campo, minha família e eu estamos fazendo o máximo para nos readaptarmos a essa questão de ter um cuidado a mais com a segurança e essas coisas do Rio que nos preocupam. Aos poucos estamos nos adaptando, conhecendo melhor a cidade e estamos felizes aqui.
Na apresentação, você também falou das lesões. Disse que queria colocar uma pedra no assunto. Para esclarecer: as duas lesões que você sofreu no Flamengo têm alguma relação com os problemas antigos?
Não tem nada a ver. A primeira foi uma pequena lesão no adutor, foi mais devido ao fato de não ter tido uma pré-temporada. E essa última lesão foi uma pancada, nada a ver com as antigas. Eu tive duas lesões mais sérias no passado. Uma em 2010 (na única vez em que foi chamado para defender a Seleção) e uma em 2014. Então, essa lesão que eu tive aqui não tem nada a ver com a lesão lá de trás. Eu estava me sentindo muito bem. Infelizmente, sofri a pancada. O que acontece com qualquer um. Agora é ter paciência, voltar da melhor maneira possível e seguir jogando com pensamentos positivos.
Você é um cara paciente?
É muito difícil. É o momento mais difícil para o jogador, a gente vive para isso, é o que nos dá felicidade. Quando estamos fora, é muito difícil. Mas tem que ter paciência para voltar e voltar bem. Não adianta voltar mais ou menos e não poder ajudar. Tem que trabalhar duro para voltar e voltar melhor do que antes.
A cada notícia da sua recuperação, a torcida manifestava apoio nas redes sociais. Como é a relação com os torcedores?
Minha relação com a torcida tem sido maravilhosa, sempre. Em qualquer lugar que eu vou, que encontro torcedor do Flamengo, sempre tem uma palavra de apoio, uma palavra de incentivo, e isso realmente me deixa muito feliz e me dá muita força para seguir trabalhando bem para devolver essa alegria a eles, com bons resultados, bons jogos, é isso que eu quero.
Você acompanhou a campanha do Flamengo no Brasileiro uma parte dentro do campo, outra parte fora dele. Como você define o time, que chegou a sonhar com o G-4, mas depois teve uma sequência negativa?
Nosso time tem muita qualidade, isso é visível. Temos vários jogadores de excelente nível. E o que demonstra é o fato de termos conseguido uma série de resultados consecutivos, que nos permitiu disputar a vaga no G-4. Talvez tenha faltado equilíbrio para manter a regularidade. O campeonato é muito disputado, vários times lutando, nós estamos ali. Estamos trabalhando em busca do equilíbrio para ter mais regularidade. Se conseguirmos ter sequência nessa transição de um ano para o outro, com a qualidade que temos podemos terminar bem esse campeonato e fazer um ótimo ano de 2016.
O ano de 2016 pode representar uma guinada do Flamengo?
Com certeza. Todos os anos o Flamengo entra para ganhar títulos e o ano que vem com certeza vai ser dessa forma. A gente não está pensando somente no ano que vem. Estamos concentrados nesse final de campeonato. A gente sabe que para começar bem o próximo ano temos que terminar bem esse ano. Faltam quatro jogos decisivos para a gente, vamos procurar dar o máximo.
Você ainda pensa em G-4?
Claro que ficou um pouco mais difícil, mas não é impossível. Temos de tentar fazer o nosso máximo, conseguir bons resultados e ver o que acontece. Vamos lutar até o fim. É nosso dever lutar, pensar positivo e ir em busca dessa meta. Vamos ver o que a gente consegue fazer.
O número 10 não é novidade para você, já faz parte da sua carreira. Mas e o número 10 do Flamengo? Você usou nove vezes. É diferente mesmo?
Com certeza usar a camisa 10 do Flamengo é uma grande responsabilidade, mas também é um motivo de muito orgulho. Muito feliz de estar tendo essa oportunidade, quero dar meu máximo para retribuir a confiança que o Flamengo depositou em mim. Quero fazer meu máximo para ter sequência. É uma felicidade muito grande, isso faz com que eu venha trabalhar todo dia buscando melhorar sempre.
Teve contato com Zico depois da sua chegada ao Flamengo? Ele te abençoou?
Nos primeiros dias, tinha acabado de chegar, fui assistir ao jogo contra o Santos, o Zico estava lá. Conversamos e ele me desejou muita sorte. E o que ele falou para mim foi importante. Jogar sem pensar em nada, sem pensar no número. Acho que isso é importante. Pensar só no que tenho que fazer em campo.
Para um cara que ficou onze anos na Europa, qual é o tamanho do desafio Flamengo?
É um desafio muito grande, fiquei muito tempo fora do Brasil, tinha a vontade de jogar no meu país. Ter a chance de jogar no Flamengo é maravilhoso. O maior clube do Brasil, clube de maior torcida do país e do mundo. Muito feliz de estar aqui e espero contribuir para que a gente possa fazer bons jogos, ganhar títulos.
Consegue apontar o momento mais legal que viveu no Flamengo até aqui?
Desde a minha estreia, que foi no Maracanã, diante da torcida, com vitória, fazendo um bom jogo, foi um momento muito bom para mim. Contra o Palmeiras, eu consegui fazer dois gols. Infelizmente não conseguimos a vitória, mas foi importante. Contra o São Paulo também, uma vitória importantíssima, que deu mais confiança para o time naquele período. Fazer gol no Maracanã, jogando contra um grande time contra o São Paulo. Foi um momento muito importante para mim.
Logo depois da sua estreia, na saída do estádio, você disse que a partir daquele momento o Flamengo tinha um meia, um camisa 10. É o que você ainda quer mostrar?
Não é questão de querer mostrar que o Flamengo tem um camisa 10. É questão de querer jogar bem para ajudar o time, para conseguir os resultados e dar alegria ao torcedor. O futebol é um esporte coletivo. Se todas as peças se encaixam, tudo sai bem. Estou para somar, dar o melhor e contribuir. Nós temos um bom time. Se conseguirmos jogar juntos, a gente vai ter bons resultados.
Fonte: GE
Será que vale aquele ditado “antes tarde do que nunca”?
Vai ser nosso principal jogador em 2016 ao lado do Guerrero, pode anotar!
Eu compartilho da sua opinião Sales. Ele já demonstrou que tem talento.
Concordo ele tem técnica apurada, ele já demostrou isso no jogo contra os porcos! E sinceramente acho que ano que vem necessitamos de zagueiros com isso é um bom volante o time melhora bastante!
Boa cara
Ano que vem ele dará muitas alegrias, vamos arrumar a cozinha e tudo fica encaixado
Um lateral direito, um zagueiro, um primeiro volante e um segundo volante melhoraria muito o time
E um meia de criação pra fechar o pacote.
Sales, tomara que vc esteja com a razão, já que o Ederson causou uma ótima impressão quando atuou, pena ter se machucado tantas vezes.
Éderson tem técnica diferenciada, mas condição física duvidosa. Esperamos que retorne com tudo em cima.
VMS Ver se nessa partida ele bicha pode aposentar
Sai pra lá boca azeda
Parece vascaíno
É um ótimo jogador, pena que se machuca muito
Éderson e Guerrero se machucando, mas o Márcio Araújo e o Gabriel estão sempre a disposição… é foda !