Ao longo das últimas temporadas, Paulistano e Flamengo criaram uma grande rivalidade em quadra. O ponto mais alto foi a decisão da temporada 2013/2014 do NBB, quando veio o segundo dos seus três títulos nacionais consecutivos que o clube carioca conquistou. Neste início de NBB 8, porém, quem chega com mais banca é a equipe da capital paulista, que receberá o Fla, nesta sexta-feira, às 19h30 (de Brasília), no ginásio Antônio José Prado Júnior, para tentar manter a invencibilidade no certame – até aqui foram quatro vitórias em quatro jogos, contra três triunfos em quatro partidas dos rubro-negros. Depois de o Paulistano enfileirar quatro times de força intermediária (Rio Claro, Basquete Cearense, Vitória e Macaé), ele lutará para bater o forte Flamengo e demonstrar que não foi apenas a tabela tranquila que o fez não sofrer nenhum revés.
– É muito bom começar ganhando, mas esse início de campeonato a gente não pode se iludir. De repente, a tabela que foi mais favorável. Uma análise mais profunda dá para fazer no final do primeiro turno. Vai ser o nosso maior teste até agora. É a melhor equipe que vamos enfrentar. O Flamengo é o atual tricampeão e dispensa comentários. Vai dar pra medir forçar e saber em que estágio a gente está – afirmou o técnico do Paulistano, Gustavo de Conti, após o treino de quinta.
Padrinho de casamento do comandante rival, o treinador do Flamengo, José Neto, enche a bola do Paulistano, mas vê o seu time preparado para levar a melhor na noite desta sexta-feira.
– Vamos enfrentar uma equipe que foi montada com jogadores experientes para brigar pelas primeiras colocações, está invicta no campeonato e jogando em São Paulo, o que potencializa sua força. Temos a consciência de que teremos uma partida difícil, assim como sabemos que temos uma equipe com a capacidade de enfrentar essa dificuldade e buscar um resultado positivo – comentou Neto.
É justamente a experiência citada pelo rubro-negro o melhor fator para tentar explicar a ótima fase do Paulistano. As chegadas do armador Valtinho, de 38 anos, e o pivô Caio Torres, dez anos mais novo que o colega, mas com bastante tarimba, fizeram com que o time iniciasse a temporada tinindo. Nos últimos anos, a forte defesa era a tônica do jogo da equipe de Gustavinho. Mas isso mudou.
– Mudam os jogadores e muda o estilo de jogo. Foi uma opção minha ter contratado esses jogadores e saber que a gente ia ter dificuldades que não tinha anteriormente, que é o caso da defesa. Mas também temos facilidades que não tínhamos antes, como a experiência, saber fechar jogo e ter um ataque com mais qualidade e criatividade. Valeu a pena a troca – explicou de Conti.
Com quatro novidades na temporada, o Flamengo ainda tenta encontrar uma nova maneira de jogar. Em busca de equilíbrio e regularidade, o Flamengo vai até a capital paulista em busca de sua quarta vitória consecutiva. Depois da derrota na estreia para Bauru, na reedição da decisão do NBB da temporada passada, o time do técnico José Neto venceu Franca e Liga Sorocabana fora de casa e o Rio Claro, na Gávea.
Com exceção do jogo contra o Orlando Magic, no mês passado, no Rio de Janeiro, Neto ainda não contou com todo seu elenco. Na estreia do NBB 8, a ausência foi o ala-armador Marcelinho Machado, em recuperação de uma artroscopia no joelho. Para pior, o ala-pivô Olivinha sentiu o tornozelo esquerdo e deixou a quadra com dois minutos de jogo. Recuperado, o jogador voltou contra Franca, mas foi diagnosticado com um edema ósseo antes da partida contra Rio Claro e ficará fora por, no mínimo, três semanas.
Sem Olivinha, mas com Marcelinho de volta, contra a Liga Sorocabana, a equipe bateu Rio Claro e Liga Sorocabana. Mas contra o time paulista, o técnico rubro-negro teve outro problema inesperado: Jason Robinson. O americano apresentou um estado febril, sentiu dores no corpo e acabou vetado da partida. A expectativa é que o ala esteve de volta contra o Paulistano.
– Como já falei outras vezes, estamos em um período em que a equipe esta buscando uma regularidade dentro de um estilo de jogo que estamos adotando. Esta regularidade é prejudicada quando temos a ausência de alguns jogadores neste período, como o Olivinha, que está se recuperando de um edema ósseo, além do Jason. Outros jogadores do time estão conseguindo suprir estas ausências e tendo uma atitude que deve ser enaltecida. Por isso nosso foco está em fazer o melhor com aqueles que estão disponíveis e acredito que assim podemos ter uma adaptação mais rápida assim como uma evolução do time.
Fonte: GE