De volta a uma competição adulta de alto rendimento após 19 anos de ausência, o time masculino de vôlei do Flamengo tem potencial para no futuro superar em importância o basquete dentro do clube. Pelo menos é isso que acredita a diretoria rubro-negra. Para isso se concretizar, no entanto, o caminho é longo, segundo os próprios dirigentes. A falta de patrocínios privados e as dificuldades para se encontrar investidores são o principal empecilho.
Modelo de sucesso para os demais esportes olímpicos do Fla nos últimos anos, o basquete masculino hoje lidera a lista de modalidades autossustentáveis na Gávea. A equipe chegou ao ápice ao conquistar o título mundial em 2014. Enquanto isso, o vôlei vai disputar a Superliga B a partir do dia 20 de janeiro, competição considerada a segunda divisão nacional e que garante ao campeão acesso à elite nacional no próximo ano. Desde a temporada 1996/1997, o Flamengo não participa de um campeonato deste tipo entre os homens.
Apesar da atual diferença de nível dos times nas duas modalidades, o vice-presidente de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa, destaca o potencial que o vôlei tem no Brasil.
– Por ser o segundo esporte do país, e o basquete deve ser o quinto, o potencial do vôlei é maior do que o do basquete hoje. Isso sendo pragmático. Mas isso não quer dizer que vai ser fácil de acontecer. O Flamengo é campeão mundial de basquete, e dois terços da receita ainda dependem da lei de incentivo, somente um terço vem de patrocínio direto. Na natação, por exemplo, 100% vem da lei de incentivo – afirmou o dirigente flamenguista.
Antes de anunciar a participação na Superliga B, o Flamengo tentou durante o ano passado conseguir patrocinadores para jogar a Superliga A. O clube buscava empresas que pudessem investir pelo menos R$ 3 milhões, sendo que o montante de R$ 6 milhões era considerado satisfatório para montar uma equipe com qualidade suficiente para disputar a elite do vôlei nacional. Uma parceria com o Juiz de Fora também foi estudada, mas no fim não houve acordo. Com isso, a alternativa foi formar um elenco jovem, com gastos bem menores, para buscar o espaço na modalidade aos poucos. Para efeito de comparação, o basquete rubro-negro teve custo de cerca de R$ 9 milhões em 2015.
– No vôlei, a gente tentou e não conseguiu patrocínio nos moldes que achávamos suficiente para o Flamengo fazer um papel digno na Superliga A. Não adiantar entrar e apanhar de todo mundo. Não tenho dúvida que depois do futebol, o vôlei é o esporte de maior potencial no Brasil. Mas várias equipes também estão acabando no vôlei, não é fácil. Nossa opção foi de entrar na Superliga B, de forma gradativa, mostrar um produto para o patrocinador de forma mais palpável, de forma mais interessante do que entrar direto na Superliga A. Agora é matar um leão por dia. Não é só porque é o segundo maior esporte do país que vai conseguir patrocínio fácil. Vamos lutar por isso, é uma coisa que vamos fazer paulatinamente – explicou Alexandre Póvoa.
Equipe jovem com alguns reforços
O novo time de vôlei do Flamengo será comandado pelo técnico Arly Cunha e formado pela base juvenil do clube, mais cinco atletas que estavam no grupo que jogou o Estadual Adulto (foram vice-campeões, ao perderem a final para o Botafogo), além de três reforços: Danilo Silva, Marcelo Ramos e Rodrigo dos Santos, o Jardel. Este último por sinal tem papel importante nesta reconstrução do esporte no Rubro-Negro. Aos 34 anos, Jardel estava no Vôlei Canoas e tem bastante experiência para orientar os garotos em quadra.
– Estamos começando um novo trabalho, ressuscitando não só o voleibol rubro-negro, mas o voleibol carioca, que tem uma historia muito grande no cenário nacional, juntamente com o Botafogo, que também está procurando seu espaço na Superliga B. A base toda é do próprio clube, são atletas criados e formados dentro da Gávea, acho muito importante salientar isso. Foi um cuidado da diretoria de estar dando essa oportunidades aos atletas formados dentro de casa – disse o oposto Jardel, que participou de entrevista coletiva sobre os esportes olímpicos nesta terça-feira, na Gávea.
A Superliga B de 2016 contará com 13 equipes participantes e o campeão garante vaga na elite em 2017. A estreia do Flamengo está marcada para o dia 20 de janeiro, contra o Botafogo, no ginásio da Gávea.
Fonte: GE
Isso é questão de tempo.
O time acabou de ser refundado, tá na segunda divisão, e tem a crise ainda que prejudica um pouco.
A diretoria tem que tirar um pouco do futebol, ou fazer alguns empréstimos para ajudar neste primeiro ano. Mas tenho certeza que a partir de 2017 (caso suba) o nosso volei vai ser um sucesso e a Nação com certeza vai apoiar. Os patrocínios virão naturalmente!
Joguei tres anos nas categorias de base do volei carioca, e a condiçao é horrivel, a do flamengo é a melhorzinha, mas ainda falta muito, perdemos todo ano nossos melhores atletas para os times de sao paulo e minas, mas nao vejo nenhuma reportagem sobre isso, nao adianta investir no profissional se no infantil os atletas de mais qualidade ja estao indo embora, temos uma otima safra de jogadores no rio, so nao investimos neles