Flamengo e Botafogo estão eliminados da Libertadores e não podem nem sequer reclamar da sorte. Fizeram campanhas ridículas na fase de grupos desta competição que, este ano, tem sem sombra de dúvida, a edição tecnicamente mais pobre em uma década.
Ao menos até agora, não há nem sequer uma equipe digna de calorosos elogios. Não há rigorosamente ninguém jogando um futebol empolgante. Ainda assim, rubro-negros e alvinegros conseguiram sair cedo enquanto os dois representantes bolivianos se classificaram!
No jogo do Maracanã, a torcida do Fla lotou as arquibancadas, fez uma linda festa e empurrou o time o quanto pode. Mas as limitações técnicas de sua equipe são evidentes e imensas e é impossível dizer que a derrota não foi justa. O León esteve o tempo todo à frente na marcha do placar e mesmo quando pressionado (no início do segundo tempo) soube contra-atacar com habilidade e perigo, deixando os torcedores da casa com os cabelos em pé.
Jayme de Almeida o departamento médico do clube erraram feio na escalação de Elano, que teve que ser substituído com 10 minutos de partida e, além disso, o treinador custou a mexer no time, no segundo tempo, e quando o fez, mexeu mal.
Da mesma forma, na Argentina, Eduardo Húngaro, não se mostrou capaz de acertar o Botafogo, que acabou batido, facilmente, pelo San Lorenzo por 3 a 0, sem nem sequer esboçar reação. Poderia ter sofrido uma goleada humilhante, não tivesse Jefferson feito algumas boas defesas e os atacantes argentinos perdidos alguns gols incríveis.
Uma falha grosseira de Jorge Wagner, na saída de bola, facilitou o primeiro gol argentino. A partir daí, a derrota e a consequente desclassificação se consumaram até com facilidade.
Nem o Botafogo, nem o Flamengo tem elencos dignos de suas gloriosas histórias. Se não se reforçarem consideravelmente, passarão o próximo Brasileiro lutando apenas para não cair. Triste sina.
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado