Flamengo e León disputaram uma verdadeira pelada para definir qual deles se classificaria às oitavas-de-final da Libertadores.
O Rubro-negro fez tudo errado.
Precisava jogar com as linhas da defesa, meio-campo e ataque perto umas das outras e pressionar a saída de bola.
Até os times com os melhores elencos do mundo se preocupam muito com a tal da compactação, como se diz no futebolês.
O caminho para a vitória estava na marcação forte, inteligência e paciência para fazer o gol.
O limitado grupo de atletas da equipe da Gávea formou uma equipe esburacada, desprovida de raciocínio e, por isso, tomada pela pressa de vencer.
Foi um dos maiores shows de horrores defensivos dos últimos tempos.
Uma verdadeira pelada lotada de emoção, tensão, ansiedade e drama diante de 53.290 pagantes e disputada da forma mais favorável possível para os mexicanos.
Diante do León, tecnicamente um pouco melhor que o Fla, os erros foram decisivos.
Simples
Fazia muito tempo que eu não acompanhava partida tão aberta.
Desorganizadamente insana na parte coletiva e lotada de falhas individuais. .
O León não catimbou ou bateu tal qual fazem as equipes que precisam do empate e enfrentam times brasileiros em nosso país, além de também marcar mal, mas menos que o rival.
Simplesmente usou os trocentos erros defensivos do rival para irritá-lo, ganhar confiança e se classificar sem grande dificuldade.
Troca de gentilezas
André Santos, por exemplo, mesmo segurando Arizala após o cruzamento nascido em cobrança de falta, aos 21, não evitou o cabeceio e o gol do adversário.
O León devolveu a gentileza, quando, aos 29, o deixou o mesmo André Santos livre para cabecear e empatar.
Um minuto depois, o experiente centroavante Boselli, de cabeça, subiu entre um zagueiro e André Santos para, novamente de cabeça, balançar a rede.
Leo Moura ficou olhando o cruzamento. Foi frouxo na hora de marcar. Precisava diminuir o espaço.
Aos 34, Alecsandro falhou feio no chute, a bola bateu nele (ou foi no adversário?), enganou Yarbrough e fez a nação flamenguista explodir de alegria.
O goleiro tinha como chegar na bola.
Sabiam
Na entrevistas antes de ir ao vestiário, André Santos e Alescsando disseram que o time precisava “encaixar a marcação”.
Certamente isso foi conversado entre os atletas e o treinador no período de descanso.
Show de horrores
O diálogo surtiu efeito no começo da segunda parte do confronto.
Durante alguns minutos, o Fla mandou no jogo.
Mas em pouco tempo voltou a repetir os erros coletivos que foram aumentando na medida em que o tempo passava e o time não conseguia criar grandes oportunidades.
A pelada de luxo e com ingresso caro ficou sem jogo de bola no meio de campo.
Um time atacava, errava, perdia a bola, o outro contragolpeava, falhava no passe apesar de haver muuuuuuuito espaço o adversário de novo contra-atacava…
A situação se repetiu até o León segurar 6 atletas atrás e liberar até quatro para os contra-ataques.
O Flamengo passou a viver de inúteis cruzamentos e o adversário contragolpeou algumas vezes com 3 atletas contra 3 ou 2 defensores, 4 diante de 4 ou de 3…
E perdeu um monte de chances.
Demorou para fazer 3×2, aos 38, com Peña e aumentar o desespero da torcida.
O Fla sequer ameaçou reagir tal qual não havia passado, ao longo do jogo, a impressão que ganharia.
Vitória justa e classificação tranquila do León.
Fonte: Blog do Birner