O Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou na noite da última terça-feira (5) a renovação do contrato de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro com a TV Globo. O Conselho Diretor do clube já havia negociado os termos com a emissora e precisava do aval de conselheiros para assinar o acordo para o período entre 2019 e 2024 – além do mandato de Eduardo Bandeira de Mello, atual presidente, que se estende até 2018. O valor a ser recebido vai saltar dos cerca de R$ 150 milhões atuais para algo entre R$ 170 milhões e R$ 200 milhões anuais, a depender de fatores esportivos e mercadológicos.
O contrato se divide em quatro grandes categorias: tevês aberta e fechada, pay per view, bônus de assinatura (luvas) e novos negócios.
O valor das TVs gratuita e paga será de R$ 1,1 bilhão para os 20 clubes da primeira divisão. Ele será dividido em 40% iguais para todos, 30% conforme a colocação na tabela – o campeão leva R$ 33 milhões, o 16º lugar, R$ 11 milhões, e os quatro rebaixados, nada – e 30% de acordo com a audiência. Qualquer projeção ainda é pouco precisa, mas o torcedor pode ter em mente que o clube arrecada de R$ 40 milhões, se for rebaixado, a R$ 75 milhões, se for campeão, nesta categoria.
O pay per view é de R$ 650 milhões, quantia que também se divide entre os 20 times da elite, mas com regras ligeiramente diferentes das aplicadas até 2018. Hoje a emissora divide o dinheiro com base em pesquisas de tamanho de torcida em determinadas capitais do país. O Flamengo reivindicou que a pesquisa leve em conta também os interiores dos estados. A considerar o tamanho que pesquisas como Datafolha e Ibope colocam na torcida flamenguista, em torno de 16%, o clube tende a arrecadar cerca de R$ 100 milhões. O contrato tem uma pecualiaridade: enquanto a pesquisa mais abrangente não for implementada, o mínimo é de R$ 120 milhões.
As luvas são fixas. O Flamengo receberá R$ 120 milhões pelo período – R$ 70 milhões cinco dias após a assinatura do contrato, R$ 30 milhões em 2019 e R$ 20 milhões em 2021. O dinheiro que entrará em 2016, como explicou Cláudio Pracownik, vice de finanças rubro-negro, em entrevista a ÉPOCA, será usado para quitar dívidas e penhoras, para evitar empréstimos bancários que o clube previa tomar nesta temporada e, por fim, para investir no futebol.
Luiz Eduardo Baptista, o Bap, ex-vice de marketing do clube, reivindicou na reunião do conselho que R$ 25 milhões das luvas recebidas em 2016 sejam aplicados na finalização do centro de treinamento para categorias de base. Mas a decisão cabe à adminstração do Flamengo, não ao Conselho Deliberativo, e os atuais dirigentes temem que os R$ 70 milhões não sejam suficientes para quitar dívidas e ainda investir algum excedente no futebol. O clube deve manter o prazo para a finalização deste CT em 2018.
O quarto item, novos negócios, inclui receitas que o Flamengo até então não tinha com o contrato de direitos de transmissão. As placas na beira do campo, até 2018 pertencentes à emissora, passarão a ser vendidas a partir de 2019 pelo clube. Dirigentes calculam que a receita com elas deva chegar a R$ 8 milhões por ano. A estimativa é otimista. Nem o Flamengo, nem nenhum outro clube de futebol tem experiência nesta venda. Da receita precisam ser descontadas comissões pagas a agências que auxiliam na comercialização.
O Flamengo terá o direito de vender direitos de transmissão para emissoras estrangeiras. Hoje a exibição de partidas do Campeonato Brasileiro no exterior é restrita aos canais internacionais da Globo. A partir de 2019, se uma emissora gringa quiser transmitir jogos rubro-negros para seus mercados, poderá negociar com o clube. A receita, ainda imprevisível, será dividida com a Globo, que também poderá fazer esta comercialização, em percentuais ainda não definidos.
O contrato também resguarda o clube sobre direitos de streaming. O marketing flamenguista estudou esportes americanos e previu que o futebol brasileiro poderá vender a transmissão de partidas para veículos como Google, Facebook ou Twitter. “Sabemos que as crianças de hoje estão adaptadas ao on demand [sob demanda, como o Netflix]. É uma diferença grande no comportamento do consumidor que impacta no que discutimos agora”, explica José Rodrigo Sabino, vice de marketing do Flamengo, por telefone a ÉPOCA. Não há previsão de valores, nem cláusulas definidas. Só a previsão de que o clube poderá vender esses direitos desde que compartilhe a receita com a Globo e não canibalize TVs aberta, fechada e pay per view.
A quantia a ser recebida pelo Flamengo anualmente ainda será corrigida pelo IPCA, índice calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mede a inflação no país.
Fonte: Época
Os valores são fixos ou estão previstos reajustes inflacionarios? Pois o que parece bastante, com a economia degringolando, será muito pouco daqui a oito anos.
Último parágrafo está explicando.
Kkkkkkk preguiça de ler tudo, kkkkkk
Leandro, os valores serão anualmente corrigidos pelo IPCA.
E o mais bacana é que o BAP quem ajudou a “costurar” essa contrato…
Justamente. Nenhum dos lados colocou o ego acima do Maior. Com essa reaproximação é ctz que vamos subir infinitamente rumo ao topo… é um caminho sem volta desde que bandidos não voltem a por os pés imundos na gávea…. SRN
participando da libertadores, sulamericana e mundial pode aumentar ainda mais a cota de tv. estamos no caminho certo não podemos errar e ficar de fora da libertadores para times fracos como palmeira, corinthians e são paulo. SRN
Deste ano até 2018 será mais de 500 milhões só de cotas de TV, é muito dinheiro! Já é o sexto elenco mais valioso, na frente do Atlético-MG e Fluminense. Brigar pelo G4 é praticamente uma obrigação.
Não sei de nada,so sei que esse ano o fla investiu cerca de 30 milhões no futebol e ano q vem eu li que ele invertirá cerca de 70 milhões,fora que ano q vem o ct vai estar terminado…so não vê quem não quer!!!O FLAMENGO RUMA A PASSOS LARGOS PARA SER O MELHOR DE TODOS….SRN
A verdade é que a partir de 2019 será imprevisível chegar em algum cálculo aproximado de quanto o Flamengo vai receber anualmente.
Se for entre os primeiros pode ultrapassar os 250 milhões e se for os últimos pode receber aproximadamente 40 milhões. Por isso o clube precisa reduzir o mais rápido possível a dívida gigante do clube para evitar surpresas inesperadas.
Os contratos têm ser fechados ainda este ano. A possibilidade de renegociação é quase nula, já que os contratos terão vigência de 05 anos, a partir de 2019. Não tem nada de arriscado nessa operação, acho até que o CRF levará uma vantagem enorme, pela legitimidade que o clube tem e pelo potencial de arrecadação que proporciona. Isso foi uma das MAIORES REVOLUÇÕES na história do clube, pois toda essa grana entrará num momento em que o clube estará praticamente SANEADO de todas as dívidas pretéritas e o passivo será – pela primeira vez na história – MENOR que o ativo. Em resumo: O clube terá mais dinheiro do que dívidas, igualando-se aos maiores clubes europeus.
Correto. Acompanho desde 2012 essa diretoria. São excelentes gestores. Não tenho a menor dúvida que o Flamengo será soberano em pouco tempo.
Vejo alguns irmãos rubro-negros preocupados com o valor da cota de tv, eu não acho que devemos pensar assim. É fato que o FLAMENGO sempre ganhará mais que os outros, independente do momento da economia. O que realmente o FLAMENGO deve se preocupar em ganhar mais que os outros é com relação a patrocínio. Agregar sua marca em outra marca conhecida no mundo todo, assim como fez o Manchester United que nem disputou o UCL, mas assinou um excelente contrato. SRN