A “bandeira branca” do Flamengo à CBF, sinalizada nesta quinta-feira com o anúncio de Eduardo Bandeira de Mello como chefe da delegação da seleção brasileira que disputará a Copa América nos EUA, foi a grande surpresa do dia. E surpresos ficaram vice-presidentes e aliados da atual administração. O fato de Bandeira ter sentado-se à mesa com Dunga e Gilmar Rinaldi num evento da entidade contra a qual exercia forte oposição há meses pegou mal, e o discurso de conciliação, no qual o mandatário rubro-negro falou em modernização da mesma, não foi facilmente assimilado.
Houve desconforto na diretoria, já que a argumentação é de que, a partir de agora, a postura contrária à CBF perde força. Vice-presidentes e grupo de aliados ainda esperam ouvir do próprio Bandeira a justificativa para ter aceitado o cargo de chefe de delegação da Seleção, deixando o vice geral Maurício Gomes de Mattos no cargo no período. Apesar da previsão de Bandeira se ausentar por mais de 30 dias – em meio à disputa do Brasileiro -, o vice de gabinete Plínio Serpa Pinto minimiza:
– Continua tudo igual. Hoje tem WhatsApp, internet, uma série de ferramentas para esse contato diário. Eles (Maurício e Bandeira) têm relação muito boa. Bandeira achou que recebeu homenagem, uma distinção a ele e ao trabalho no Flamengo e resolveu aceitar. Ele tem equipe de vice-presidentes muito atuantes, confia nessa equipe e por aqui a luta continua. Não há nenhuma turbulência. Há respeito à decisão dele – disse Plínio.
Sócios e conselheiros que apoiam Bandeira evitaram criticar a posição surpreendente de Bandeira. Mas também não saíram em defesa. Esperam ouvir, em reuniões periódicas que são realizadas com o presidente, a justificativa de Bandeira. Há correntes que veem como erro a aproximação com a CBF. Outros enxergam mera questão política, de boa vizinhança. No fim de fevereiro, Bandeira criticou a CBF principalmente por mostrar-se contrária ao fato de o Flamengo tentar estabelecer Brasília como sede durante o Campeonato Brasileiro. Em nota oficial, tratou a decisão da entidade como arbitrária.
Na noite desta quinta, Bandeira, já ciente da repercussão negativa do fato, deu mais um passo atrás e disse que “nunca foi inimigo” da CBF. Além disso, tornou a elogiar a entidade.
– Nunca fui inimigo da CBF, e se tiver de fazer novas críticas, vou fazer. Existe na CBF um processo elogiável de modernização que convive com forças do atraso. Quando o Flamengo recebe essa homenagem, é uma indicação do que o clube tem representado em termos de modernidade e se entende que é o caminho a seguir. O trabalho que vou fazer não vai prejudicar em nada o Flamengo. Não vou abandonar o Flamengo, vou seguir acompanhando permanentemente.
Vale destacar também que, animado com o curso da Primeira Liga ainda no início de março, Bandeira revelou entusiasmo em organizar o Campeonato Brasileiro ao lado dos outros clubes, outro movimento símbolo de sua posição contrária à CBF. E a intenção teve anuência do Ministério do Esporte. Dirigentes da Primeira Liga, aliás, usaram o termo “decepção” diante do sim de Bandeira à CBF no sentido de chefiar a delegação na Copa América.
Fonte: GE
Isso é lamentável. Pra dizer o mínimo.
Almir, se você quer derrubar o inimigo, quanto mais perto melhor!! SRN
Besteira. O Bandeira não tá fazendo nenhuma tática de guerra com ninguém, ele simplesmente cedeu, como cedeu outras vezes.
Temos que ver o outro lado tb, os gambás estão bem p crl pq se aliaram a cbf e só lhes trouxeram benefícios , e outros clubes precisam do Flamengo mais o Flamengo ñ precisa de ng. Olha o caso do vice da gama super favorecido no carioca, é o caso do Corinthians no brasileiro. Vamos ver onde isso vai nos levar.
O que me interessa em primeiro lugar, presidente, é o Flamengo estar desse jeito que estamos, sem rumo, sem técnico, sem padrão tático, sem identidade, sem brio, sem casa, sem contratação e, pelo visto, agora, sem presidente!
Se foi pra tentar tirar alguma vantagem pro Flamengo td bem, mas se foi apenas pra satisfazer o seu ego, pra aparecer na mídia, ai foi péssimo.