Dos nossos chamados “treinadores de ponta”, considerando apenas os que estiveram em atividade no Brasil, no ano passado, só Luiz Felipe Scolari vai bem, obrigado. Otimista, apostando alto em sua seleção, convencido ou tentando nos convencer de que a Copa que vem por aí… é nossa. Scolari tem bons motivos para confiar em seu time, mesmo que não possa antever como estarão seus titulares daqui a quatro meses. No fim das contas, que treinador de seleção estrangeira pode ter tal certeza? Nenhum. Assim, enquanto a Copa não chega, Scolari é mesmo o único brasileiro em paz.
Preciso esclarecer que “técnicos de ponta”, mesmo, aqueles com currículo, coleção de títulos e trabalho reconhecido por onde passou, não são muitos. Não incluo entre eles, por exemplo, Renato Gaúcho, de ponta na cotação do mercado, mas ainda em busca de títulos de alguma expressão. Nem Marcelo Oliveira, que só neste 2014 terá, à frente do Cruzeiro, sua chance para chegar lá. Gilson Kleina e Enderson Moreira, boas promessas, ainda não passam disso: promessas. Jayme de Almeida e Eduardo Hungaro acabaram de dar seus primeiros passos, passou estes que, para não os levar mais longe, basta uma Libertadores desastrada.
Por esse critério, restam, citados em ordem alfabética, Abel, Cuca, Luxemburgo, Mano, Muricy, Osvaldo, Paulo Autuori e Tite. Abel tem nas mãos um Inter mais barato, mas não necessariamente melhor. Será o bastante para passar uma borracha em seu desempenho do ano passado, quando teve metade da responsabilidade pelo rebaixamento tricolor? Cuca, o do bom começo e do mau fim, está longe. Luxemburgo, onde andará? Sobre Mano, passo à palavra, primeiro, aos flamenguistas e, depois, aos corinthianos. Eles é que sabem se o treinador vai bem, obrigado, ou mal demais. Muricy, pelo menos o dos dois últimos anos, é uma gangorra, ora bem, ora menos. Osvaldo de Oliveira, cujo Botafogo de 2013 foi um modelo de irregularidade, precisa ser outro no Santos. Pode ser, mas ainda não é. Paulo Autuori, bem, Paulo Autuori vem numa descida de ladeira que parece não parar mais. Está precisando de sorte. Por fim, a Tite, os votos de que seu período sabático seja proveitoso. À distância, ele vê, certamente triste, no que transformaram o seu Corinthians.
Fonte: Blog do João Máximo