Brincadeira lançada na internet quando o Flamengo não tinha nem Diego no elenco, o “cheirinho de hepta” é espalhado diariamente pelos rubro-negros nas redes sociais. Nesta quarta-feira, durante a vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, cartazes alusivos ao tal cheirinho tomaram as arquibancadas do Kleber Andrade. Mas o que pensam dirigentes, técnico e jogadores a respeito disso? O sentimento e, principalmente, as respostas, são unânimes: deixa a euforia com os flamenguistas, empolgados por natureza.
Do presidente ao ponta-esquerda, todos tapam os ouvidos aos elogios exagerados, a boca para evitar qualquer frase mais bombástica e “principalmente” o nariz, afastando assim qualquer possibilidade de os rubro-negros inalarem o odor da empáfia e abandonarem o discurso pautado em humildade. É se precaver para o perfume não ficar vencido em dezembro.
– Não, isso aí é a nossa torcida, que é muito carinhosa e gosta de levantar o astral dos jogadores. Há muito trabalho pela frente, o campeonato é muito difícil. (Vai fazer perfume caso o hepta se confirme?) Se o Flamengo for campeão, eu vou comemorar tanto, vibrar tanto, que não vou nem pensar nisso – disse Eduardo Bandeira de Mello, minutos após a vitória sobre a Ponte.
O técnico Zé Ricardo, também após o triunfo sobre a Macaca, foi mais contundente e falou sério quando perguntado se estava sentindo “o cheirinho do hepta”.
– Absolutamente não, tem que deixar para a torcida toda essa euforia. Lógico que, com os resultados, nos motivamos a buscar algo grande na competição. Temos adversários fortíssimos, cada jogo tem uma dificuldade diferente, e tenho certeza que se seguirmos assim, poderemos mais para a frente estar credenciados para brigar pelo titulo. Temos que trabalhar todo dia e deixar isso com a torcida – completou.
Flávio Godinho, vice de futebol do Flamengo
– Não estou sentindo não, até porque no vestiário fica um “futum” desgraçado depois que o jogo acaba (risos). Isso é para a torcida. Como alguém pode sentir cheiro de hepta faltando 15 rodadas? Ainda estamos em setembro. Isso anima a galera, mas a brincadeira fica para o lado de fora. Aqui é tudo no sapatinho.
Jorge
– Nós jogadores não podemos pensar nisso agora, falta muito ainda. O time do Palmeiras também está pensando nisso. O campeonato é muito difícil, o jogo contra a Ponte Preta foi uma amostra disso.
Gabriel
– Deixo para o torcedor. Temos que trabalhar jogo a jogo para dar tudo certo.
Fernandinho
– Rapaz, eu tenho escutado isso, viu? Esse cheirinho de hepta tem sido bastante falado, mas uma coisa que não podemos perder é o nosso foco. A euforia da torcida é algo normal, até porque, graças a Deus, temos evoluído. A ideia que o treinador nos passa tem dado certo. Apesar das viagens, temos superado tudo isso e melhorado a cada dia.
Réver
– Os torcedores estão lançando isso aí, às vezes a gente acompanha, mas essa euforia tem que ficar entre os torcedores. Não podemos nos envolver com isso, pelo respeito aos outros clubes e porque tem muita coisa para acontecer. Deixa eles fazerem a festa e a gente responder em campo.
Rafael Vaz
– Cada jogo é uma decisão, não tem que ficar comemorando. É só focar, não tem negocio de cheirinho por enquanto não. Deixa lá para novembro, para ver se a gente chega a alguma coisa.
Fonte: GE