Fala, Mulambada! Tudo bem?
Já “viraram a chave mental” depois de ontem?
Espero que sim.
Sei que faz tempo que não nos falávamos. Os amigos do VQTTV sabem que a minha labuta diária não tem me permitido manter ativos os nossos “papos”. Mas hoje, especialmente, eu TINHA que trocar dois dedos de prosa com os amigos RNs que nos acompanham.
Eu acabei de chegar em casa, diretamente de Cariacica. Participei de uma ação de marketing do Nação chamada “Nação te Leva”, onde o programa leva Sócios-Torcedores a jogos fora do Rio (Pacaembu, Mané Garrincha ou, como ontem, Kleber Andrade, o “Maraca Capixaba”), fornecendo o transporte ida e volta e o ingresso para o jogo.
A título de testemunho pessoal, digo que nosso marketing ainda tem bastante o que evoluir, mas acho fundamental dizer que já avançamos ANOS-LUZ em nosso Sócio-Torcedor (aliás, em tempo, a hora de ter participação determinante na consolidação do Flamengo como GIGANTE também fora de campo é AGORA! Venha jogar junto, seja ST do Mengão! O link está lá no final do texto).
Bom, acho que não preciso falar muito a respeito do que vimos ontem. Na minha humilde concepção, ficou muito claro que nos faltou, muito mais do que técnica ou tática, aquela que é a mais pujante das marcas Flamengas: A RAÇA.
Durante os 45 minutos iniciais, observei pasmo um Alan Patrick sonolento, um Cirino “marcando” a 5 metros do adversário e “atacando” apenas no espaço entre a linha de meio-campo (aliás, via de regra quase sempre DETRÁS dela) e o bico da grande-área, um Márcio Araújo se “escondendo” da bola como sempre, um Cuellar completamente sem tempo de bola e errando todos, absolutamente TODOS os botes que tentou, e um Chiquinho… bem… um Chiquinho. E apenas UM, com a graça de Deus.
Afora isso, o segundo tempo até nos permitiu continuar acreditando, na medida em que duas das três substituições surtiram efeito (Mancuello e Sheik praticaram algo bem mais parecido com futebol do que Cuellar e Cirino), mas à essa altura, o prejuízo já era grande demais para ser tirado, e havia ainda o visível peso do cansaço, em decorrência da “maratona nacional” que nosso elenco vem vivendo durante toda a temporada (Fernandinho, aos 10 minutos da etapa complementar, já não tinha mais vigor físico para sua jogada característica que havia sido tão decisiva nos últimos jogos, o drible curto, em alta-velocidade, em diagonal na direção do gol).
A grande questão que me fez sentir a necessidade de me dirigir à vocês hoje, amigos, não está no campo. Está, sim, na vontade de explicar, especialmente aos mais “novos de Flamengo”, que SER FLAMENGO NÃO É PARA QUALQUER UM! E porque eu digo isso? Simples. Fiquei muito, MUITO preocupado ontem, quando após a derrota, vi vários dos meninos que foram conosco cabisbaixos, se lamentando pelo fato de terem que, dali a alguns momentos, terem que lidar com as provocações da torcida arco-íris. Essa preocupação jamais, repito, JAMAIS pode ser sequer TOLERADA por nós, especialmente pelos RNs mais “calejados”, e aí é que veio a necessidade de falar aos Flamenguistas mais jovens.
Meus caros, a primeira coisa que se deve aprender, quando se começa a amar esse clube, é a seguinte: Ser o MAIOR traz, em si, duas consequências óbvias: Somos os maiores para o bem, tanto quanto somos os maiores para o mal. Nossas vitórias são sempre mais marcantes, tanto para nós quanto os adversários e, da mesma forma, nossas derrotas (especialmente as mais frustrantes e inesperadas) sempre mais evidenciadas e comemoradas pelos nanicos rivais. Assim é desde que o Flamengo é o Flamengo, e assim sempre será.
Os “mais novos de Flamengo” provavelmente não viveram tão intensamente o Santo André (sim, já éramos para ser tetra da Copa do Brasil), a La U, o Olímpia, o Emelec… E o que dizer do famigerado América do México? Mas, digo a vocês o seguinte: infelizmente, o Flamengo tem as péssimas “manias” de, primeiro, ser horrível em decidir tendo qualquer vantagem (a regra para nós deveria ser “só se classifica com vitória, SEMPRE”), e segundo, ter uma clara falta de força mental quando enfrenta adversários de muito menor expressão que ele! É de MATAR de raiva, muitas vezes, mas parece que fomos forjados para vencer os embates épicos e fraquejar nos “jogos-treino oficiais”. É impressionante.
O importante (diria até o fundamental) a ser transmitido à vocês, jovens RNs, é o seguinte: Não se amedrontem diante destas derrotas do Flamengo! Não permitam que a torcida arco íris leve vocês, através das provocações (que no caso de alguns, notem, tem caráter muito mais de NEUROSE, de DOENÇA mesmo, do que da brincadeira saudável entre rivais que NÃO são INIMIGOS – atualmente, e já a alguns anos, o pessoalzinho do pedaço de São Cristóvão onde falta água exemplifica isso como ninguém, pois aparentemente VIVEM não pelos feitos do próprio time, mas sim, pelos do Maior do Mundo…), a acreditarem que as derrotas nos “encolhem” ao tamanho deles! Somos, e seremos SEMPRE, os MAIORES, e NADA do que o recalque deles faça ou diga nos diminuirá ao nanismo deles!
Ser Flamengo, meus queridos, definitivamente NÃO É PARA QUALQUER UM!
Pra cima deles, Flamengo! Onde estiver estarei!
Grande abraço, e SRN!
Fonte: Victor Gammaro