Na última segunda-feira, o Flamengo venceu o Vasco por 89 a 87 no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca. No entanto, o time rubro-negro não pôde contar com sua torcida por conta de uma punição da Federação Carioca de Basquete. O clube conseguiu uma liminar que suspendia a decisão, que, porém, só chegou uma hora antes da partida. O vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa, se mostrou indignado com o acontecido.
“Quando soubemos que nesse Campeonato Carioca teríamos a participação de Vasco e Botafogo, sonhamos com um torneio que finalmente fosse ser legal, com as arenas olímpicas abertas, torcida dividida. Primeiro, infelizmente não temos nada dos Jogos Olímpicos. Todas as arenas estão fechadas, é uma vergonha para o Rio de Janeiro. Segundo, pela decisão do GEPE (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios), só pode ter torcida única. Isso é horrível para o esporte, é quase como assumir que não tem capacidade para cuidar da segurança. Terceiro, houve o episódio lamentável no jogo do Flamengo. Temos que reconhecer que teve o problema”, disse Póvoa.
A confusão aconteceu na partida entre Flamengo e Vasco, na terceira rodada da fase de classificação do Estadual, quando pessoas envolvidas com torcidas organizadas começaram a brigar em dois momentos do jogo. O Flamengo foi julgado pelo TJD na última sexta-feira e acabou tendo que jogar dois jogos com portões fechados e pagar multa de R$ 10 mil.
“A coisa começou a degringolar. A Federação comunicou que o jogo contra o Botafogo havia mudado de local menos de 24 horas antes da partida, quando o regulamento manda dar 72 horas. Entramos com um pedido de garantia e foi estranhamente negado. Marcaram o julgamento da confusão exatamente para o dia seguinte à semifinal, ou seja, para pegar a final. Acho estranho, o Flamengo deveria ter cumprido muito antes isso. Chegou na decisão e acabou 3 a 2 para o Flamengo perder exatamente dois mandos de quadra. É estranho”, falou.
A partir da decisão, o clube da Gávea entrou com dois pedidos de efeito suspensivo para que pudesse contar com seu torcedor nas finais. Sem uma positiva da federação, o Fla foi à Confederação Brasileira de Basketball e conseguiu a liberação. No entanto, a decisão só chegou às mãos dos rubro-negros às 20h, uma hora antes do início da partida contra o Vasco.
“Entramos com um efeito suspensivo na federação e negaram. Fomos obrigados a entrar na CBB, já que na Federação Carioca não tem mais jeito. A CBB obviamente nos deu a liminar, só que saiu 20h. Tínhamos três opções: sair daqui e jogar no Tijuca Tênis Clube onze horas da noite e chamar a torcida, parecendo jogo de várzea. Poderíamos jogar aqui na Gávea com torcedores, que seria uma irresponsabilidade, já que não veio policiamento suficiente. Ou poderíamos fazer o que fizemos, considerar que o esporte está acima de tudo. Jogamos porque respeitamos imprensa, patrocinadores e todos os envolvidos.”
Por fim, Alexandre Póvoa ainda declarou que o Flamengo pode não disputar a competição na próxima temporada. Havia uma chance de que a equipe não fizesse a final contra o Vasco, mas não foi adiante.
“O Vasco não tem nada com isso. Nossa relação com eles no basquete é ótima. O problema é que a Federação Carioca talvez não goste muito da ideia do Flamengo ser onze vezes campeão carioca de forma consecutiva, cinco vezes campeão brasileiro, campeão mundial… Com todo respeito ao torneio, mas ano que vem estamos avaliando se vamos jogar isso de novo. O Flamengo chegou em um nível muito alto para participar desse tipo de circo. Nosso objetivo esse ano é vencer NBB, Liga das Américas e ser campeão mundial novamente. Se ganhar o Estadual, ótimo. Esse jogo é a cara da federação. Foi um jogaço de basquete, deveria ser no Maracanãzinho, com torcida dividida e o esporte em alta. É triste”, concluiu Póvoa.
Fonte: Uol
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