O basquete do Rio de Janeiro sofre. Sem um número efetivo de participantes, com a falta de ginásios disponíveis para receber grandes jogos e também com a indefinição de um calendário que vem sofrendo alterações a cada dia e decisão administrativa ou judicial. O segundo jogo da final entre Flamengo e Vasco, marcado inicialmente para esta quarta-feira, ainda não está confirmado. Seu local segue indefinido e a confusão promete ser grande ainda até a decisão do título, se é que realmente irá acontecer.
O segundo jogo tem mando do Vasco. Há um acordo entre os dois clubes para que os confrontos com torcida não sejam realizados em São Januário ou na Gávea. O Tijuca é sede de um torneio de vôlei na quarta-feira. Macaé ainda é uma possibilidade, mas apenas para quinta-feira. O prazo para a competição terminar é no dia 30 de outubro, segundo exigência Liga Nacional de Basquete, organizadora do Novo Basquete Brasil e da Liga Ouro, que obriga seus filiados a disputarem os respectivos Estaduais.
Vice-presidente de Espores Olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa está revoltado com a situação. Segundo ele, a intenção é fazer valer o calendário inicial e jogar na quarta-feira. No entanto, não conseguiu no fim da tarde e início da noite desta terça-feira contato com Álvaro Lionedes, presidente da Federação do Rio de Janeiro, nem com a sede da entidade. Jogar na quinta-feira, por enquanto, é uma remota opção e a competição teria que terminar sábado, já que a data limite da LNB cai no dia da eleição municipal.
– Meu erro foi colocar o time principal para jogar. Achei que seria a redenção do Estadual com a volta do Vasco, as arenas olímpicas. Mas ficamos sem as arenas, colocaram torcida única e ainda teve aquele episódio triste da torcida do Flamengo. Sem contar as coisas que a Federação vem fazendo. Sinto aquela vergonha alheia – disse Póvoa ao GloboEsporte.com.
A reclamação do dirigente chega após episódios ocorridos nos bastidores. Primeiro com relação à mudança do local do segundo jogo da semifinal contra o Botafogo do Tijuca para General Severiano com menos de 24 horas de antecedência. Depois, com a demora do julgamento do recurso do Flamengo para liberar a sua torcida no primeiro jogo da final com o Vasco.
– Eu poderia ter colocado torcida, mas não seria responsável. Fiz tudo por respeito ao Vasco, com quem temos uma boa relação, ao campeonato e à imprensa. Mas já começo a suspeitar de má fé diante de tudo que vem acontecendo com o Flamengo – afirmou o dirigente.
Jogar em São Januário não é uma possibilidade. Póvoa espera que o Vasco mantenha o acordo de cavalheiros entre os clubes e não marque o jogo para o seu ginásio. As possibilidades são poucas para a realização dos confrontos. A única certeza do dirigente é de que se houver um terceiro encontro ele será realizado no Tijuca com a presença liberada da torcida do Flamengo.
– Não acredito que o Vasco vá fazer isso, mas quem deve comunicar essa decisão é a Federação. E espero de tudo dali. O Flamengo não vai correr risco de morte e nem acredito que o Gepe libere o jogo em São Januário – explicou.
Fonte: Globo Esporte