Tinha ali um pouco de desentrosamento. Até mesmo com o português falado no Brasil e a cerimônia de apresentação na antiga casa, 30 anos depois do afastamento. Mas partiu dele, do novo gerente de futebol, o aval mais transparente de toda a direção pela manutenção de Zé Ricardo, que só seria efetivado um mês depois pelo Flamengo.
– O Flamengo tem treinador que é o Zé Ricardo – dizia no dia 14 de julho.
Ao lado de Bandeira, que na data falava em “avaliar com calma situação” do treinador, Mozer entrava com inteligência, firmeza e categoria que lembravam aquele zagueiro campeão do mundo de 1981. Ali, começou a ganhar a confiança no Ninho do Urubu, centro nervoso – na época bem mais do que hoje (o time vinha de derrota para o Figueirense e tentava aparar arestas na crise) – do futebol do Flamengo. Visto à época como escudo anticrise da diretoria, para blindar a gestão de prenúncio de ano de insucessos no futebol, o ex-jogador, que teve experiência como treinador apenas fora do Brasil, conviveu inicialmente com desconfiança entre jogadores e membros do departamento de futebol.
Hoje, mais de três meses depois, o Mozer do dia a dia rubro-negro já faz parte da resenha e está cada dia mais à vontade no Flamengo. Do vestiário ao campo – chegou a sentar-se no banco de reservas quando Zé esteve suspenso por uma partida -, do goleiro ao ponta esquerda, de Jayme de Almeida a Zé Ricardo. Longe dos holofotes e também de funções e decisões administrativas, Mozer está distante da figura administrativa que tinha, por exemplo, o ex-gerente Gabriel Skinner. Não tem sala própria e é mais visto em conversas do dia a dia com alguns atletas na beira do campo. E também virou um dos interlocutores do técnico.
Além de ouvinte, consultor e mais um auxiliar, Zé ganhou defesa em episódio marcante na trajetória do Rubro-Negro: a falha de Rafael Vaz na derrota para o Fluminense, em 26 de junho. O zagueiro, que faz campeonato de alto nível ao lado de Réver na defesa, tentou recuar a bola e deu de presente para Richarlison definir os 2 a 1 daquela tarde. Uma substituição de Zé no intervalo, porém, não saiu como o treinador queria. Emerson Sheik entrou e irritou o treinador. Era para o camisa 11 fazer função semelhante à de Ederson, cumprindo papel tático de vai e vem pelos lados do campo. Mas não foi bem assim.
– A culpa pela derrota foi sua – disse o gerente, frente a um incomodado Sheik.
Mozer isentou Vaz e interveio junto ao atacante ao saber que Zé o cobrou pela rebeldia tática sem ter a devida atenção de Sheik. Foi assim, direto e sem papas na língua, que o ex-jogador teve que recuar naquele momento. O episódio gerou atrito que hoje parece superado e deu força para Mozer internamente. O gerente tenta ajudar Zé com sugestões, lida com os atletas e passa experiência ao pé do ouvido.
A vida em Portugal ficou para trás. O jogador deu entrada em série de documentos que não tinha para viver no Brasil. Comprou casa no Recreio dos Bandeirantes, bem próximo do Ninho do Urubu. Um trimestre depois de chegar ainda não deu uma entrevista. Por opção do Flamengo. Mozer é “apenas” um gerente, justifica o departamento de comunicação do clube. Mas é só dar uma olhada nos aeroportos e em hotéis que o Rubro-Negro vai ao longo deste ano para notar: Mozer é um dos mais assediados. Tira selfies, conversa, sorri. Meio boleiro, meio auxiliar e meio auxiliar de zagueiro, Mozer se entrosa com um novo Flamengo em novos tempos e desafios.
– Ele é um cara que ajuda muito. Orienta, conversa, esse é o papel dele. Ele é já ídolo aqui, sabe como é o Flamengo, tenta passar para a gente isso no dia a dia, esta grande responsabilidade que é vestir essa camisa. Sempre que pode ele colabora. Falando às vezes dos atalhos. Todos sabem que ele foi um grande zagueiro e entende muito dessa função – descreve Rafael Vaz.
Aprovação do presidente
Quem está muito satisfeito com o desempenho de Mozer como gerente de futebol é Eduardo Bandeira de Mello, que, apesar de ter destacado a história do ex-zagueiro na Gávea, tratou o conhecimento de seu comandado como principal trunfo.
– Mozer é uma pessoa com pele rubro-negra, com identificação enorme com a nossa torcida, mas não é só isso. É um funcionário extremamente competente, está exercendo essa função de gerente de futebol e até surpreendendo a todos com o conhecimento de futebol e a boa vontade que tem. Além disso, a integração que tem com Rodrigo Caetano e com os jogadores. Nota 10.
Sobre o fato de Mozer evitar os microfones, o presidente do Flamengo entende tal postura como uma demonstração de entrega ao clube.
– Está focado no trabalho dele, então acho que ele prefere não aparecer. Já apareceu muito na época de jogador, como campeão do mundo e na seleção brasileira. Agora está se dedicando ao trabalho dele no Flamengo. Vamos deixá-lo assim, porque está feliz.
Fonte: GE
Mozer barra p Sheik novamente,ele não volta pra marcar.
Mozer já fez muito pelo Flamengo, e ainda continua contribuindo para o sucesso do nosso time.
É um dos maiores ídolos da Nação.
Boa Mozer, só falta agora se impor e pedir para o Jayme acabar com a panelinha.
Maximo respeito pelo jogador Mozer, agora está adquirindo respeito como dirigente.
se essa mesma diretoria que da banho em finanças, soubesse um pouqunho mais de futebol… seriamos imbatíveis .. mas nem tudo é perfeito
Eu não consigo entender a torcida do meu Mengão. Pelos resultados dos últimos anos, ficou pouco exigente. Esta geração impressiona por criar heróis. Cito o nosso presidente que conseguiu equilibrar as finanças. Louvável, mas não reconhecer a quantidade de erros no futebol é frustante. Este ano, fomos eliminados de todas – fora o Brasileiro – as competições que participamos precocemente. No Brasileirão, estamos caindo. Se perdemos para o Galo e o Santos vencer, ficaremos em quarto lugar. Torço para isto não acontecer. Triste, é ver o Galo não tomar conhecimento do Inter na quarta. A bola da vez é o técnico. Inexperiente e herói da nação rubro-negra. Jogamos com dois pontas que têm enorme dificuldade em fazer gols. Um centroavante que tem uma média de gols na carreira menor que 0,5. Faz bem o pivô e só. Lento e não antecipa a conclusão da jogada. Vocês já virar quando o Fla cruza na área, quantos jogadores nossos estão dentro da área. Pouquíssimos. Vejam os jogos dos outros times. E ainda temos que aguentar o Márcio Araújo como cabeça de área, pois a contratação do colombiano foi equivocada. Se não temos atacantes que sabem fazer gols, após o pivô do Guerreiro, cabe ao técnico mudar o esquema. O número de gols do Fla no Brasileiro explica tudo. Para refletir!
Verdade seu comentário, a torcida está acostumada com esmolas e às vezes viaja com essevtime limitado, esquece que o Flamengo é o clube que mais arrecada e fica idolatrando essa porcaria de time.
exatamente.
verdade
Pelo que me lembre, o planejamento para almejar títulos e contratar jogadores bons que resolvam era pra 2017. Em 2016 ainda teríamos que sofrer com a questão do dinheiro pra contratações não ser ideal, mesmo passando um pouco do limite, seria um ano pra começar a implementar a tal da filosofia de jogo que queriam, Muricy saiu acabou babando tudo. Eu não me contento com a mediocridade de alguns jogadores, mas ja sabia que isso era esperado tendo em vista que, alguns perebas terminam o contrato esse ano, e o resto pra ano que vem.
Eu só entendo, assim como a diretoria, que pra arrumar a casinha, botar as contas em dia e contratar estrelas é um processo a longo prazo, e esse prazo sempre foi 2018.
O Atlético Mineiro com muito menos recursos que o Flamengo, contratou Lucas Pratto, Fred, Robinho e Datolo e ainda tem outros jogadores muito bons. Não entendo, flamenguista virou otario, se contanto com migalhas, com jogadores medianos e com um técnico que só ganha de time pequeno e médio.
Contratou isso td e está agr com a dívida maior dq a nossa e atrás de nós no campeonato
Imagina se a diretoria tivesse uma visão rasa e simplista assim como a sua, foi assim que nos afundamos em dívidas. O galo passou de uma dívida de 150 milhões (2010) para 550 milhões (2015) montando esse time de estrela sem a devida precaução. Uma hora a conta chega, e eles não vão poder mais gastar o que não tem, a lei do PROFUT tem que ser cumprida.
Não fale isso rapaiz, apaga que dá tempo…
A dívida da galinha mineira tá pra explodir a qualquer momento, devem até as calças, já o Flamengo está na trilha dos sonhos, diminuindo a dívida, criando receitas e contratando de acordo com o que pode pagar.
Uma hora dá certo pra nós dentro de campo, esse ano foi ruim mas essa diretoria acho que aprendeu a lidar com o monstro futebol, nos bastidores inclusive.
Show sua resposta, cara!
SRN
Mozer + 10. Grande reforço da temporada.
Sem ele esse grupo de jogadores desmiolados, principalmente o bonde da stela já teriam jogado o campeonato no lixo.
Vdd, era o cara q faltava nessa diretoria
Saudações NAÇÃO,
No pós jogo do 1º turno com o Flu, falei que o erro todo foi na entrada do Sheik, mas disseram que eu estava louco e que o único culpado era o Vaz. Tai a resposta, mostrando que é preciso analisar uma partida de maneira mais friae sensata. As vezes uma derrota começa lá frente e não na defesa.
SRN7
Não cabe mais esse tipo de jogador. Agora você vê, em pleno 2016 o cara me vem querer questionar uma orientação tática do técnico.
Ficarei puto demais se renovarem contrato com Sheik. Não dá mais.
Mozer como cria do Flamengo já percebeu que o Sheik é laranja podre.
Minha preocupação é esse fdp renovar com o Flamengo e continuar a mesma bosta.
Até hoje me pergunto: Como um time que teve Rondinelli, Aldair, Mozer, Marinho(que antes era do Bangu), Gamarra, Angelim, Figueiredo etc… pôde, depois disso manter por tanto tempo Wallaces e Weligtons da vida na zaga do Fla? Como um time que teve Cantereli, Raul, Bruno assassino, Zé Carlos, Julio Cezar manter um Paulo Vitor por tanto tempo? Só Freud explica