A volta ao Maracanã não foi o que o Flamengo esperava na reta final do Brasileiro. Dos nove pontos disputados no estádio o time ganhou três e se tivesse os sonhados 100% de aproveitamento no retorno à casa, estaria a um ponto do líder e virtual campeão, Palmeiras. Mas não é só, o clube ainda não sabe se em 2017, quando disputará a Libertadores, poderá contar com o palco da final da Copa do Mundo de 2014.
A possibilidade de o Flamengo não usar o Maracanã é real, ante a confusão que envolve o estádio, governo do Rio de Janeiro, concessionária (Odebrecht) e o triunvirato rival dos rubro-negros (Lagardere, BWA e Federação). Até hoje não se sabe se haverá nova licitação, mesmo após a prisão do ex-governador Sérgio Cabral, que teria cobrado propina da empreiteira Andrade Gutierrez em obras para a Copa do Mundo.
Ao blog de Gabriela Moreira, o presidente Eduardo Bandeira de Mello afirmou que não vai “aceitar chantagem” — clique aqui e leia. O dirigente também disse à jornalista do ESPN.com.br que já tem “um plano B”, descartando de imediato o Engenhão: “O estádio tem uma concessão vigente e é do Botafogo”, frisou. Pois a saída que os rubro-negros veem é justamente a outra casa alvinegra, na Ilha do Governador.
O estádio da Associação Atlética Portuguesa ganhou arquibancadas extras e foi rebatizado como “Arena Botafogo” neste campeonato. A solução encontrada pelos alvinegros permitiu ao time jogar mais vezes em solo carioca, arrebatando importantes pontos na ótima campanha. Mas em General Severiano, os planos para o ano que vem incluem a volta ao estádio que abrigou as competições de atletismo na Rio 2016.
Com isso, o campo da Ilha ficaria livre, embora existam vozes botafoguenses que defendam sua utilização em pelejas de menor apelo. Contudo, seria dispendioso manter duas canchas, sem contar o Caio Martins, em Niterói, também sob administração alvinegra. Nesse cenário, um acordo com a Portuguesa poderá ser a solução para os rubro-negros, que negam o assunto, até então guardado em segredo.
A ideia ainda está em fase inicial. Evidentemente depende de o Botafogo deixar o local para avançar, e um estudo mais aprofundado será necessário para que o Flamengo possa levar adiante tal intenção, chance que crescerá se o imbróglio do Maracanã prosseguir. Uma das possibilidades seria a montagem de arquibancadas que permitam a realização de jogos com mais dos que os 15 mil torcedores da capacidade atual.
A remodelação poderia ser provisória, como uma saída temporária, ou algo de longo prazo, com um acordo duradouro, que viabilize um estádio mais estruturado no local. A área do Luso Brasileiro (verdadeiro nome do estádio da Portuguesa) é grande, como mostra a imagem abaixo, do Google Maps, anterior às modificações executadas pelo Botafogo. Nela, é possível a instalação de arquibancadas maiores do que as atuais.
Em 2005, Flamengo e Botafogo contaram com o apoio da Petrobras, que colocou seu nome na “arena” compartilhada pelos clubes enquanto o Maracanã passava por mais uma reforma. Agora, com o estádio que custou mais de R$ 1 bilhão momentaneamente distante, a Ilha do Governador volta a ser um caminho, só que não mais para embarcar no aeroporto do Galeão e jogar em estádios pelo Brasil, como durante 2016.
Fonte: Mauro Cézar Pereira
Boa tacada…
E segue a novela.
Após os comerciais as cenas do próximo capítulo…
Saudações!!!
No GE diz que já está OK. O Fla já fechou contrato com a LUSA Carioca. Seria bom. Agora é foda que a diretoria tenha dado mole nessa. Poderia já ter feito há anos, pois era sabido que o Maracanã não estaria disponível em todo o ano…mancada em.