Sem certeza de uso do Maracanã, o Flamengo anunciou nesta terça-feira uma parceria com a Portuguesa-RJ para mandar os jogos da próxima temporada no estádio do clube, que fica na Ilha do Governador. Mesmo assim o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, disse que o time poder voltar a ter um ano como mandante intinerante, variando de estádio.

“Nossa casa será na Ilha do Governador, mas isso não significa que deixaremos de jogar em outros estádios. Vamos mandar jogos em Brasília, em São Paulo, onde fomos bem recebidos, e até no Maracanã. Tenho esperança de fazer jogos lá”, disse o presidente durante um encontro de dirigentes na noite desta terça, em São Paulo.

O problema com o Maracanã envolve o governo do Rio de Janeiro, a concessionária (Odebrecht) e o triunvirato rival dos rubro-negros (Lagardere, BWA e Federação). Até agora não se sabe se haverá nova licitação, mesmo após a prisão do ex-governador Sérgio Cabral, que teria cobrado propina da empreiteira Andrade Gutierrez em obras para a Copa do Mundo.

Diante de um cenário de incerteza, o presidente admitiu que a Ilha do Governador é um plano B para o Flamengo, conforme havia antecipado a ESPN. Mas não descartou nem sequer jogar no Engenhão, estádio do rival do Botafogo, com quem não tem um bom relacionamento.

“A gente não descarta nenhum estádio. Jogaríamos lá sem problema. Mas tem de ver se o Botafogo quer isso”, disse Bandeira de Mello. Informando que o Botafogo não demonstrou nenhuma barreira, sorriu: “Que bom. É diferente do que a gente vinha vendo”.

FLA INTINERANTE

Sem Maracanã durante boa parte da atual temproada, o Flamengo utilizou diversos estádios no Brasileiro. Jogou em Cariacica, Natal, Brasília, Volta Redonda e São Paulo.

Atuar fora da cidade do Rio de Janeiro não significou pior rendimento. Pelo contrário, o time rubro-negro teve aproveitamento de 78% dos pontos. Já nos três jogos que fez no Maracanã pelo torneio nacional foram três empates (33% de aproveitamento).