Não há nada ruim que não possa ficar ainda pior: mergulhado em dívidas, o Urubu deve perder o voo de Elias, peça-chave na vitoriosa campanha da conquista da Copa do Brasil.
Os patrícios do Sporting decidiram jogar pesado e exigiram mais de R$ 27 milhões para liberar o jogador. O clube português recusou negociar apenas 50% dos direitos. Fechou questão no tudo ou nada.
Nem quis ouvir outra proposta do Rubro-negro. Que, acertadamente, não entrou na lábia do vendedor, disposto a recuperar os 8,8 milhões de euros (R$ 26,5 milhões) investidos em 2011.
Independentemente das qualidades do volante, um clube que pretende sair do caos financeiro, que pagou R$ 80 milhões em dívidas na última temporada, precisa manter a cabeça e a chave do cofre no lugar.
Não pode mesmo fazer loucura e aplicar tantos milhões em um atleta a caminho dos 29 anos. Mega-Sena é com a Caixa. O Flamengo considera que os valores estão muito acima do que foi sinalizado inicialmente.
Elias também: “Eles têm direito, podem pedir o que quiserem, mas a gente quer que eles peçam um preço justo porque o que estão pedindo é para jogador de 20 anos que está indo para a Europa.”
Elias tem contrato até 2016 com a equipe de Portugal. E, a menos que force a barra para deixar o clube, vai continuar numa casa portuguesa, com certeza.
“Estou disponível e motivado para mostrar a todos o meu potencial. Agora só estou pensando em cumprir o contrato”, disse Elias ao aterrissar em Lisboa.
O brasileiro ganha R$ 330 mil por mês. Se permanecesse no ninho do urubu, pretendia assinar por R$ 500 mil, mais um reforço de luvas.
Fogo amigo.Pegou mal no ninho dos periquitos em revista os pitacos que o soberano ‘Juvenal Antena’ resolveu dar na nova política financeira adotada pelo nobre presidente Paulo Nobre: salário mais baixo e prêmio por metas alcançadas. Velha raposa das chuteiras furadas, o mandachuva e raios do Tricolor acredita que as chances de o coirmão ter sucesso são as mesmas de a ‘ilha da fantasia do mestre Tattoo’ amanhecer sem um escândalo. Chama a Val!
Fonte: Blog do José Roberto Malia